quinta-feira, 26 de junho de 2008

O Homem e o seu Caminho

I
O Homem abeirou-se do Sábio e perguntou-lhe:
- Como encontrarei a Luz no Caminho da minha Vida?
O Sábio respondeu-lhe:
- No Caminho da tua Vida encontrarás três Portais. Lê as regras escritas em cada um deles e cumpre-as. E agora vai! Segue o teu Caminho!
- O Homem seguiu o seu Caminho. Em breve deparou com um Portal onde estava escrito:
MUDA O MUNDO
O Homem pensou que, na verdade, se havia algumas coisas no Mundo que lhe agradavam, havia muitas outras que eram objecto do seu desagrado. E começou a sua primeira luta: os seus ideais, o seu ardor e o seu poder levaram-no a confrontar-se com o Mundo, para corrigir, para conquistar, para mudar a realidade de acordo com os seus desejos. Nisso encontrou o prazer e a volúpia do conquistador, mas não trouxe Paz ao seu coração. Conseguiu mudar algumas coisas, mas muitas outras resistiram aos seus propósitos.
O Sábio perguntou-lhe então:
- Que aprendeste no teu Caminho?
O Homem respondeu:
- Aprendi a distinguir entre o que está ao meu alcance e o que se lhe escapa, o que depende e o que não depende de mim.
O Sábio retorquiu:
- Isso é bom. Usa as tuas capacidades para agires no que estiver ao teu alcance e esquece o que estiver para além delas
II
Pouco depois, o Homem encontrou o segundo Portal. Nele estava escrito:
MUDA OS OUTROS
O Homem pensou que, realmente, os outros tanto podiam ser fonte de alegria, de prazer ou de satisfação, como de dor, amargura ou frustração e rebelou-se contra tudo o que lhe pudesse desagradar nos outros. Tentou moldar as suas personalidades e corrigir os seus defeitos. Esta foi a sua segunda luta. Fê-lo com persistência, mas nunca conseguiu remover as suas dúvidas sobre a real eficácia dos seus esforços de mudar os outros.
O Sábio perguntou-lhe então:
Que aprendeste no teu Caminho?
O Homem respondeu:
- Aprendi que os outros não são a causa nem a fonte das minhas alegrias ou das minhas tristezas, da minha satisfação ou dos meus desaires. São apenas oportunidades para todos se me revelarem. É em mim que tudo tem raízes.
O Sábio retorquiu:
- Tens razão. Os outros revelam-se-te na medida do que acordam em ti. Agradece aos que fazem vibrar em ti as cordas da Alegria e da Satisfação. Mas não odeies os que te causam sofrimento ou frustração, porque, através deles, a Vida ensina-te o que te falta aprender e qual o Caminho que ainda te falta percorrer.
III
Então o Homem encontrou o terceiro Portal, onde se lia:
MUDA-TE A TI PRÓPRIO
O Homem pensou que, se na realidade era ele próprio a fonte dos seus problemas, então era em si próprio que teria de trabalhar. Começou então a sua terceira luta. Tentou moldar o seu carácter, lutar contra as suas imperfeições, acabar com os seus defeitos, mudar tudo o que lhe desagradava em si próprio, tudo o que não correspondia ao seu ideal. Teve algum sucesso, mas também alguns fracassos e duvidou das suas reais capacidades.
O Sábio perguntou-lhe então:
- Que aprendeste no teu Caminho?
O Homem respondeu:
- Aprendi que há em mim aspectos que consigo melhorar e outros que não consigo alterar.
O Sábio retorquiu:
- Isso é bom!
Mas o Homem prosseguiu:
- Sim. Mas começo a ficar cansado de lutar contra tudo, contra todos, contra mim próprio. Isto nunca terá fim? Nunca terei descanso? Quero poder parar de lutar, desistir, abandonar tudo...
O Sábio prosseguiu:
- Essa é a tua próxima lição. Mas antes de prosseguires, volta-te para trás e observa bem o Caminho que percorreste.
IV
Olhando para trás, o Homem viu à distância o terceiro Portal e reparou que, no lado de trás, estava escrito:
ACEITA-TE A TI PRÓPRIO
O Homem surpreendeu-se por não ter visto a inscrição quando passara o Portal no sentido contrário e pensou que, quando se luta, fica-se cego para tudo o que esteja para além da luta. Reparou então em tudo o que deixara cair, que deitara fora, enquanto lutara contra si próprio: os seus defeitos, as suas sombras, os seus medos, os seus limites, tudo antigas preocupações suas. Aprendeu então a reconhecê-los, a aceitá-los, a conviver com eles. Aprendeu a amar-se a si próprio sem voltar a comparar-se com os outros, sem se julgar, sem se repreender.
O Sábio perguntou-lhe então:
- Que aprendeste no teu Caminho?
O Homem respondeu:
- Aprendi que odiar ou repudiar uma parte de mim próprio é condenar-me a nunca estar de acordo comigo mesmo. Aprendi a aceitar-me a mim próprio, total e incondicionalmente.
O Sábio retorquiu:
-Isso é bom! Essa é a primeira regra da Sabedoria. Agora regressa ao segundo Portal.
V
Ao aproximar-se deste, o Homem leu, nas suas traseiras:
ACEITA OS OUTROS
Reparou então em todas as pessoas com quem tinha estado em toda a sua vida, quer nas que tinha amado ou com quem tinha tido amizade, quer nas que lhe tinham desagradado. Naqueles que tinha apoiado e naqueles contra quem tinha lutado. Mas a sua maior surpresa foi que se apercebeu que agora nem notava as suas imperfeições nem os seus defeitos, que antes tanto o incomodavam.
O Sábio perguntou-lhe então:
- Que aprendeste no teu Caminho?
O Homem respondeu:
- Aprendi que, estando em paz comigo mesmo, já nada me incomoda nos outros, nada neles temo. Aprendi a amar e a aceitar os outros, total e incondicionalmente.
O Sábio retorquiu:
- Isso é bom! Essa é a segunda regra da Sabedoria. Regressa agora ao primeiro Portal.
VI
Aproximando-se deste, o Homem leu a tardoz a inscrição:
ACEITA O MUNDO
O Homem pensou que também não vira estas palavras quando ali passara no sentido contrário. Olhou à sua volta e reconheceu o Mundo que tentara conquistar, transformar, mudar. Ficou estupefacto pelo Brilho e pela Beleza de tudo, pela sua Perfeição. No entanto, era o mesmo Mundo de antes. Que mudara? O Mundo ou a sua percepção dele?
O Sábio perguntou-lhe então:
- Que aprendeste no teu Caminho?
O Homem respondeu:
- Aprendi que o Mundo é o espelho da minha alma. Que a minha alma realmente não pode ver o Mundo, que se vê a si própria nele. Quando a minha alma está alegre, o Mundo parece-lhe alegre. Quando está triste, assim lhe parece o Mundo. O Mundo em si não é alegre nem triste: Está lá. Existe, é tudo. Não era o Mundo que me perturbava, mas a ideia que eu tinha dele. Aprendi a aceitar o Mundo sem o julgar, a aceitá-lo total e incondicionalmente.
O Sábio retorquiu:
- Essa é a terceira regra da Sabedoria! Estás agora em consonância contigo próprio, com os outros e com o Mundo.
Um profundo sentimento de Paz, de Serenidade, de Plenitude, encheu o Homem. Dentro dele, o Silêncio substituiu todo o fragor das lutas que travara.
E então o Sábio concluiu:
- Agora, estás pronto para, quando chegar o momento, passares em paz o último e desconhecido Portal, aquele que vai do Silêncio da Plenitude para a Plenitude do Silêncio.
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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Não sejas maçom...

Não sejas maçom...se...:

Se queres descanso não seja maçom, pois o trabalho é continuo

Se queres ser beneficiado não sejas maçom, pois se promovem benefícios, não vivemos em prol deles

Se queres paz não sejas maçom, pois o maçom está em guerra constante contra os vícios

Se és egoísta não sejas maçom, pois compartilhar é um hábito, pensar em si é inviável, mas devemos pensar e agir para todos!

Se desejas enriquecer não sejas maçom, pois o patrimônio de um maçom não é avaliado pelos seus bens, mas pelas suas atitudes

Se és arrogante nunca sejas maçom, pois a humildade é uma virtude constante, demonstrada em todos os momentos!

Se és demasiadamente religioso não sejas maçom, pois religião não salva ninguém, o maçom não é religioso, mas vive a sua religião!

Se gostas de prazeres não sejas maçom, devemos ignorá-los, pois são temporários!

Se tens medo da morte jamais sejas maçom, pois a certeza da existência de um Ser Superior e a alegria da imortalidade da alma são o maior tesouro que podemos ter

Não sejas um maçom, mas o maçom; não faças parte, faças a diferença!

Não sejas o pior, não sejas o melhor, sejas tu mesmo!

Se és arrogante não sejas maçom, pois o desprezo é sintoma de maldade, e a maldade é a principal inimiga do maçom

Se és omisso não sejas maçom, pois a iniciativa é notável no maçom!

Se és preconceituoso não seja maçom, pois a igualdade é um pilar marcante na vida do maçom!

(*) AP.: MAÇ.: Cristyano Ayres Machado LOJA SETE DE SETEMBRO Nº 1
GRANDE LOJA DO ESTADO DE SERGIPE
GOESE - ARACAJU/SERGIPE
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PRANCHA 'HUZZÉ'

A palavra HUZZÉ tem origem hebraica, embora em árabe seja pronunciada “HUZZA”, para os antigos árabes ‘HUZZA” era o nome dado a uma espécie de acácia consagrada ao sol, como símbolo da imortalidade, e sua tradução significa força e vigor, palavras simbólicas que fazem parte da tríplice saudação feita na Cadeia de União: Saúde, Força e Vigor. Na Inglaterra a aclamação “HUZZÉ” tem a pronúncia UZEI, tomada do verbo TO HUZZA (aclamação) como sentido “viva o rei”.

Significados:

* No pequeno Vademecum Maçônico do Ir.´. Ech Lemos: “Houzé” – Grito de alegria dos maçons do rito escocês .
* No dicionário de maçonaria do Ir.´. Joaquim Gervasio de Figueiredo: Houzé – Grito de aclamação do maçon escocês.
* No dicionário maçônico do Ir.´. Rizzardo da Camino, Huzzé é apresentado como uma corruptela de HUZZA, que seria a expressão de alegria e louvor usada pelos maçons ingleses traduzida por “viva”.
* Biblicamente, HUZZÉ era o nome de uma personagem.

Pronúncia:
Deve-se pronunciar “HUZZÉ”, dando ênfase ao som da letra “H”, a qual exige um sopro mais forte, e “ZZÉ” como afirmação, como que solfejando um dó bem longo e terminando em fá, tendo a sensação de estar passando do escuro da noite para o alaranjado da manhã, da dúvida para a certeza, da angústia para serenidade.

Em maçonaria, HUZZÉ é uma exclamação, e como tal, deve ser clamada com um sopro forte, quase gritado, em dois sons, para que possa ser respeitada a harmonia musical do vocábulo, a fim de que se conserve todo efeito esotérico desta saudação ao GADU.´., significando que Deus é sabedoria, força e beleza. HUZZÉ, HUZZÉ, HUZZÉ, ou seja, salve o GADU.´. , salve o GADU.´. , salve o GADU.´.

O valor do HUZZE está no som, a energia provocada elimina as vibrações negativas. Quando em Loja, surgirem discussões ásperas e o V.´.M.´. receiar-se que o ambiente posssa ser ‘perturbado” suspenderá os trabalhos, e comandará a expressão HUZZÉ, de forma tríplice, reiniciando os trabalhos, o ambiente será outro, ameno e harmônico.

Dentro de Loja, o V.´.M.´. comanda no início dos trabalhos a exclamação HUZZÉ, que deve ser pronunciada em uníssono. Essa exclamação prepara o ambiente espiritual, afastando os resquícios de vibrações negativas trazidas para dentro do templo pelos IIr.´.

Ao término dos trabalhos é exclamado para “aliviar” as tensões surgidas. Toda liturgia maçônica compreende os aspectos místicos, físicos e psíquicos.

O HUZZÉ que provoca a expulsão do ar impuro, substituído pelo “Prana” que se forma no Templo, harmoniza o ambiente numa escala única, num nivel salutar, capacitando o maçon para receber em seu interior os benefícios da Loja.

Quando um maçon é solicitado a exclamação o HUZZÉ que o faça conscientemente para obter, assim, os resultados mágicos dessa manifestação física de seu organismo, portanto deve ser aprendida e ensinada, para que possas ser exercitada com Sabedoria Força e Beleza.

Bibliografia:
"Simbolismo do Primeiro Grau" – Rizzardo da Camino
Bíblia – Livros 2 – Samuel, cap. 06
"Dicionário Maçônico" - Rizzardo da Camino
"Dicionário da Maçonaria" – Joaquim Gervasio de Figueiredo

MANOEL JÚNIOR
C.'.M.'., Loja Verdadeiros Amigos - São Paulo/SP, Brasil

FONTE: http://www.maconaria.net/200708_huzze.shtml
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