quarta-feira, 30 de abril de 2008

O PODER DO SILÊNCIO...

Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da sua alma, a calar-se nas discussões e assim evitar tragédias e desafetos...
Aprende com o silêncio a aceitar alguns fatos que você provocou, a ser humilde deixando o orgulho gritar lá fora, evitar reclamações vazias e sem sentido...
Aprende com o silêncio a reparar nas coisas mais simples, valorizar o que é belo, ouvir o que faz algum sentido...
Aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo, existem companhias bem piores...
Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos olhar para o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo.
Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo, como as marés que insistem em ir e voltar, os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar, como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo, complete a sua tarefa.
Aprende com o silêncio a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia, enxergar em você as qualidades que você possui, equilibrar os defeitos que você tem e sabe que precisa corrigir e enxergar aqueles que você ainda não descobriu .
Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito, na maior das cobranças, na briga mais acalorada, na discussão entre familiares...
Aprende com o silêncio a respeitar o seu "eu", a valorizar o ser humano que você é, a respeitar o Templo que é o seu corpo, e o Santuário que é a sua vida.
Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito, que ouvir ainda é melhor que muito falar...
Na natureza tudo acontece com poder e silêncio, com um silêncio poderoso; por vezes, o silêncio é confundido com fraqueza, apatia ou indiferença.
Pensa-se que a pessoa portadora dessa virtude está impedida de reclamar seus direitos e deve tolerar com passividade todos os abusos.
Acredita-se que o silêncio não combina com o poder, pois este tem se confundido com prepotência e violência.
O Sol nasce e se põe em profunda quietude; move gigantescos sistemas planetários, mas penetra suavemente pela vidraça de uma janela sem a quebrar.
Acaricia as pétalas de uma rosa sem a ferir, e beija as faces de uma criança adormecida sem a acordar; aí uma vez vamos encontrar na natureza lições preciosas a nos dizer que o verdadeiro poder anda de mãos dadas com a quietude.
As estrelas e galáxias descrevem as suas órbitas com estupenda velocidade pelas vias inexploradas do cosmos, mas nunca deram sinal da sua presença pelo mais leve ruído.
O oxigênio, poderoso mantenedor da vida, penetra em nossos pulmões, circula discreto pelo nosso corpo, e nem lhe notamos a presença.
A luz, a vida e o espírito, os maiores poderes do universo, atuam com a suavidade de uma aparente ausência.
Como nos domínios da natureza, o verdadeiro poder do homem não consiste em atos de violência física, quando um homem conquista o verdadeiro poder, toda a antiga violência acaba em benevolência.
A violência é sinal de fraqueza, a benevolência é indício de poder.
Os grandes mestres sabem ser severos e rigorosos sem renegarem a mais perfeita quietude e benevolência.
Deus, que é o supremo poder, age com tamanha quietude que a maioria dos homens nem percebem a Sua ação.
Essa poderosa força, na qual todos estamos mergulhados, mantém o Universo em movimento, faz pulsar o coração dos pássaros, dos bandidos e dos homens de bem,
na mais perfeita leveza.
Até mesmo a morte, chega de mansinho e, como hábil cirurgiã, rompe os laços que prendem a alma ao corpo, libertando-a do cativeiro físico.
O verdadeiro poder chega: sem ruído, sem alarde e sem violência.
Sempre que a palavra poder lhe vier à mente, lembre-se do Sol: nasce e se põe em profunda quietude; move gigantescos sistemas planetários, mas penetra suavemente pela vidraça de uma janela e você só sabe pelo calorzinho que ele proporciona. (J.Y.Leloup )

Colaboração: Ir.Adamy
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sexta-feira, 18 de abril de 2008

Quando o poder é maquiavélico....para reflexão

Por Sandra Silva,
socióloga
Fonte: www.EspacoVital.com.br

O poder não corrompe. O poder revela a criatura.

O poder se revela pela ocupação de uma posição de mando conquistada pela ascensão profissional ou por via de processos eleitorais. O poder pode ser exercido por qualquer criatura, em qualquer tempo e idade. Seu simples exercício não causa problemas. O que gera conflito é como esse poder é estabelecido em relação aos outros.

Quando a criatura humana se vê protegida pela posição de poder lança mão do chicote que estava oculto e passa a lancinar todos que considera inferiores. É uma espécie de vírus latente que encontra um viés de luz e por ele escapa para se manifestar de forma virulenta.

Desde que se começa a compreender o mundo em que se está assentado percebe-se a existência do poder. É crença geral de que o poder é o domínio do mais forte sobre o mais fraco comandando vontades. Errado! Porque errada a educação nesse sentido. O poder deveria ser transformador, como uma flecha capaz de cruzar o espaço alterando o mau para o bom, o mal para o bem.

A violência em qualquer de suas formas é o mau exercício do poder humano. As guerras, os genocídios, o desprezo pelo povo, o orgulho incomensurável, o desrespeito com as instituições e as virtudes escondem espíritos devassos, maquiados de benfeitores na maioria das vezes, como camaleões à espreita da vítima indefesa.

O medo da perda do poder conduz a criatura humana a atos terríveis, diabólicos até, para se conservar nessa posição. Vemos isso a todo o momento nestes conturbados tempos de relacionamentos fúteis e deslealdades profundas.

A humanidade poderia estar em outro patamar se refletisse mais sobre a transitoriedade da vida e sepultasse a falsa idéia de que os meios justificam os fins.

O poder é um ato extremo de egoísmo quando usado para satisfazer as ´neuras´ humanas escondidas no modelo social falso e hipócrita da sociedade moderna. Atrás de um abraço ou de palavras coerentes muitas vezes há um hálito de veneno e o fio de um punhal invisível.

Poucos são os poderosos que estendem amorosidade quando ocupam espaços privilegiados. A maioria não passa de uma turba consumista que grassa os piores caminhos para subir ao cume da sua própria montanha.

Colaboração: Ir.:Roberto Loro Cezimbra
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terça-feira, 15 de abril de 2008

A questão do sujeito na ética contemporânea

Muitos são os problemas a serem enfrentados pelo homem contemporâneo ao discutir a respeito da moral, o individualismo, o narcisismo hedonista, a recusa da razão dominadora, o relativismo moral. Uma das preocupações do ser humano ao se comportar moralmente é saber distinguir o bem do mal. O sujeito moral, ao se perguntar como deve agir em determinada situação, certamente se aproxima de questões teóricas e abstratas tais como: Em que consiste o bem? Qual o fundamento da ação moral?

Colocando tais questões, estaremos entrando no campo da ética, teoria que realiza a reflexão crítica sobre a experiência dos bons costumes ou dos deveres, e que tem por fim discutir as noções e princípios que fundamentam a conduta moral. A palavra ética, nos dias atuais, quer dizer, a ciência de fato que tem por objeto a conduta dos homens, abstração feita dos juízos de apreciação que dirigem os seres nessa conduta, com efeito, qualquer hipótese que se adote sobre a origem e a natureza dos princípios da moral. É certo que os juízos de valor que tratam da conduta são fatos cujas características cabe determinar, e que o estudo da conduta não pode ser substituído pelo estudo direto destas, porque o comportamento dos homens nem sempre é conforme seus próprios juízos sobre o valor dos atos.

Logo, um dos grandes dilemas da filosofia moral pode ser resumido nas seguintes questões: Existem ou não valores morais válidos para todos os homens? Como justificar a classificação das ações em moralmente corretas ou incorretas, boas ou más?

Para os antigos filósofos, tal como Platão, a justiça e a virtude centralizavam todo o problema moral. O termo virtude tem, em grego, um significado bem mais rico e bem diferente do que tem para nós hoje. Designa o que faz a excelência, a perfeição de um ser, em qualquer ser considerado e em qualquer domínio de atividade. É, para cada um, o poder de realizar aquilo que ele em conformidade com uma ordem, entendendo-se que ordem, para os antigos, era sinônimo de “valor”. É, portanto, a prática ordenada de seu próprio bem, de onde resulta harmonia e felicidade. Porém, como definir a excelência de um ser, e posto que se trata do homem, o que é a excelência humana? Se não houvesse qualquer ambigüidade nesse assunto, Sócrates não teria se preocupado em questionar com tanta freqüência o problema da essência da virtude, e sofistica não se distinguiria da filosofia.A educação moral, essa é, realmente, a tarefa tanto do sofista como do filósofo, um e outro reivindicando para si os mesmos valores. Eles celebram a sabedoria, a justiça, a temperança e a coragem, mas o que esses termos recobrem? Trata-se de partes de uma única virtude, da mesma forma como os olhos, as orelhas e o nariz são partes do rosto? Ou trata-se de nomes diferentes de uma mesma e única virtude?

Nos tempos da criação, os deuses confiaram a Epimeteu e a Prometeu o cuidado de dotar cada espécie das qualidades necessárias à existência. Epimeteu abasteceu tão generosamente os animais e os vegetais que, quando chegou a vez da espécie humana, nada mais restava. Prometeu decidiu então compensar a imprevidência do irmão e furtou de Hefesto e Atena o fogo. “Eis, portanto, como o homem conquistou a inteligência que se aplica às necessidades da vida” (Protágoras, 321d). Entretanto, se a habilidade técnica substitui com facilidade o instinto em tudo o que se refere à satisfação das necessidades e, em geral, à adaptação, ela não basta para permitir que os homens se entendam e administrem as cidades. A discórdia reina entre eles e ameaça aniquilá-los. “Foi então que Zeus, temendo o desaparecimento total da nossa espécie, enviou Hermes para levar aos homens o sentimento da honra e do direito, a fim de que esses sentimentos fossem o adorno das cidades e o laço através do qual se unissem as amizades”. (Protágoras, 322c) Esse sentido da justiça, porém, não deve ser repartido de forma desigual, como se, à semelhança das aptidões técnicas, exigisse uma competência especial. Nesse sentido, na época grega o conceito de justiça e virtude eram o cerne do problema moral.

Já na idade moderna a justiça é antes de tudo um princípio ordenador da sociedade. A ética deve se estabelecer em torno de princípios abstratos, assim como é abordado em Kant, o princípio supremo da moralidade. Uma de suas grandes questões filosóficas é o da ação humana, ou seja, o problema moral. Tratava-se de saber não o que o homem conhece ou pode conhecer a respeito do mundo e da realidade última, mas do que deve fazer, de como agir em relação a seus semelhantes, de como proceder para obter a felicidade ou alcançar o bem supremo.

Os modelos clássicos de moral nos dispõem de conceitos morais unívocos, porém o filósofo contemporâneo, Mark Johnson, discorda e questiona. Na perspectiva dele os conceitos que utilizamos em situações morais são essencialmente vagos, em comparação ao padrão de clareza e pureza de Kant. Na visão de Johnson temos que estender os juízos morais através da imaginação (construção metafórica), desse modo poderemos nos colocar no “lugar” do outro donde, assim, entenderíamos a relação moral.

No livro Moral Imagination Johnson, em linhas gerais, defende a tese de que a qualidade moral depende essencialmente do cultivo da nossa imaginação moral. Na visão dele o fornecimento de razões morais é uma prática imaginativa construtiva fundamentada basicamente no uso de metáforas, já que nossos conceitos morais mais essenciais são definidos metaforicamente (ex. vontade, liberdade, direito, lei, ação) e que o modo como conceituamos uma situação particular depende do uso sistemático de metáforas conceituais que tornam possível o entendimento comum aos membros de uma cultura. Nesse sentido, a proposta da obra é fornecer uma visão construtiva da concepção da racionalidade moral como imaginativa e munir uma compreensão expansiva e construtiva da moralidade que nos ajude a viver uma vida melhor.

A teoria da imaginação, nesse sentido, está na base da oposição entre o absolutismo e o relativismo. Johnson nega os dois termos, pois ambos alimentam-se de conceitos vistos por ele como errôneos tal qual a racionalidade. De acordo com ele, o absolutismo moral assume a existência de leis morais absolutas que nos dizem o que é certo e errado. Já o relativismo moral aceita a concepção de moralidade proposta, mas caracteriza as regras sempre inerentes a determinada cultura, e recusa que a racionalidade possa fornecer regras, conclui que a moralidade é irracional e subjetiva, supondo, portanto, que só haja racionalidade e objetividade onde há leis universais.

Dessa maneira, a proposta de Johnson é mostrar que tal concepção está comprometida com uma compreensão errada da natureza humana. A questão da natureza da razão e da imaginação humana é empírica. As ciências cognitivas podem então nos ensinar muito acerca de certos conceitos envolvidos na nossa compreensão moral. Assim, sua proposta é fornecer uma visão construtiva da visão da racionalidade moral como imaginativa. Tal concepção não tem por objetivo munir um sistema de regras, mas sim uma compreensão moral genuína que auxilie nas nossas deliberações morais.

Ao longo do desenvolvimento do livro Johnson utiliza alguns elementos primordiais para a sua argumentação, são eles: teoria dos protótipos, estrutura semântica, entendimento metafórico, experiências básicas e narrativas. Através desses ele irá desenvolver o seu pensamento em relação a moral.

Johnson inicia por caracterizar o modelo da moralidade tradicional – a teoria popular da lei moral, esta está ancorada em uma teoria psicológica da mente e da natureza humana. A teoria da lei moral é uma visão segundo a qual a moralidade consiste na subsunção de casos concretos a leis morais. Por outro lado a teoria psicológica pressuposta pela teoria da lei moral reconhece a existência do mental e o caracteriza como composto de quatro faculdades – percepções, paixões, vontade e razão. As percepções recebem impressões e as transmitem à razão e às paixões, estas são ativadas diretamente por percepções ou indiretamente pela memória ou por razões deduzidas das percepções. A vontade é capaz de tomar decisões livremente, e a faculdade da razão realiza cálculos. As paixões e a razão exercem força sobre a vontade que por sua vez exerce força sobre o corpo e as ações. A vontade pode resistir à força exercida pela razão e, muitas vezes, à força exercida pelas paixões. As paixões e a razão exercem forças opostas.

Assim, a teoria da lei moral assume a teoria psicológica, e a dualidade entre o físico e o mental Considera o problema moral como proveniente do fato das pessoas possuírem vontade livre e poderem ajudar ou prejudicar umas as outras. Reconhece leis morais universais capazes de prescrever as ações que devem ser realizadas e proibir outras ações. Assume a razão como guia privilegiado para a motivação moral. A crítica feita em relação a essa teoria é que nossa tradição moral deve ser vista apenas como uma entre outras, não havendo nela nada de absoluto, pois os conceitos que a definem são metafísicos. Tal teoria tende a ignorar ou negar o papel da imaginação nas nossas deliberações morais, possuindo um caráter necessariamente negativo e restritivo.

A teoria da lei moral na tradição filosófica coloca como idéia central o ser humano possuindo uma razão universal capaz de reconhecer um sistema de princípios morais que nos diga como agir. Assume a dualidade entre o racional e o corporal, conferindo privilegio a nossa natureza enquanto seres racionais. Um exemplo desse tipo de teoria é a ética racional kantiana, onde o fundamento da moralidade não é mais a razão divina, mas a razão universal. Aceita como correta a descrição feita pela teoria da lei moral e, por seguinte, que se aplique a todos os seres humanos as concepções de agente moral, dever, vontade, razão e liberdade por ela pressupostas.

É certo que existem valores morais diversos, contudo, de acordo com Johnson no mundo não existem escolhas, pois temos o limite social, cultural etc. Nós somos inseridos no mundo e este sendo social já é formado, situado, sendo assim, tem sentido afirmarmos que o eu pode deliberar totalmente?

A deliberação moral reside na questão – que tipo de pessoa quero ser? Então, a moral é quando a decisão contribui para a identidade do seu “eu”.

De acordo com o modelo popular temos o “eu” movido pelo instinto e não um “eu” racional e ahistórico. O que determina o “eu”?

Johnson cita e explica algumas características objetivistas do “eu”, são elas:

1- O eu é racional, essencial – para o objetivismo moral o agente moral deve ser um tipo de quase-objeto com uma natureza determina, fixa, assim é considerado como tendo uma natureza imutável que partilha com todas as outras criaturas de sua espécie.

2- O eu é não histórico – como a essência do agente moral não é modificada por condições históricas o “eu” permanece fixo, independentemente da cultura e do tempo.

3- O eu é universal – pelo fato de possuirmos razão prática os agentes morais são todos iguais, pois agir moralmente é considerado como um problema, pois temos que sair de nossas particularidades e nos dar conta da natureza racional universal partilhada em virtude da qual constituímos uma comunidade moral universal.

4 – O eu é bifurcado em razão e desejo – estabelece que o eu consiste em entendimento e desejo, sendo distintos um do outro, porém a máquina da mente, por si mesma, nada quer, e o desejo sem o auxílio do entendimento, nada pode ver. Essa dupla natureza é a verdadeira força motivacional do ser, pois nos empurram e determinam os objetos de nossos apetites ou aversões.

5- O eu é individual e atômico – define assim por entender as pessoas como fontes de seus próprios fins, já que a racionalidade e a liberdade são inerentes, propriedades essenciais das pessoas individuais.

6 – O eu é separado de seus atos – o que ilustra muito bem essa característica é o racionalismo kantiano, já que Kant alega que nosso entendimento moral comum reconhece corretamente que o eu pode ter valor moral em si mesmo, a despeito de suas ações.

Dentre essas características Johnson afirma que existem duas problemáticas. São: o “eu dividido” e o “eu individual”, pois na primeira as duas faculdades estão separadas, porém devem estar unidas para poderem juntas serem base para a vontade racional. E na segunda característica, o objetivismo vê o eu como tendo uma essência fixa, mas não há alguma “coisa” estática que é ou deva ser, que determina o que o agente moral deva fazer. A identidade de alguém como agente moral muda e é moldada pela forma de alguém deliberar sobre seus fins e propósitos.

Nos seres humanos a identidade do eu é sempre uma continuidade de um processo de experimentação ao longo do tempo, por isso, a compreensão da capacidade moral de agir deve reconhecer este caráter temporal. A narrativa, dessa forma, é o modo pelo qual nós podemos melhor sintetizar as ações e eventos, instituindo uma unidade narrativa, ou seja, um encadeamento seqüencial dos acontecimentos. Esta unidade narrativa também nos fornece justificativas para certos atos, e ao mesmo tempo possibilita uma espécie de previsão imaginativa das conseqüências do futuro.

Johnson propõe uma visão “experimentalista”, segundo a qual a pessoa deve ser encarada como um eu-em-processo, um organismo biológico auto-transformador em intercâmbio com um ambiente físico, interpessoal e cultural. A deliberação moral é a dimensão do procedimento adaptativo complexo que diz respeito ao desenvolvimento do nosso caráter, à natureza de nossas relações com os outros, e a nossa habilidade de discernir soluções construtivas que desempenhem possibilidades para o significado e bem estar em nossas vidas interdependentes. Nesse sentido, a visão experimentalista vê o eu e suas ações entrelaçadas em um processo experimental básico, um procedimento de interações físicas, interpessoais e culturais. Assim, o pano de fundo narrativo é imprescindível para o nosso entendimento de seqüências de ação, ou, em outras palavras, os eventos são sintetizados na narração de modo a construírem uma cadeia sucessiva que lhes reveste de sentido e unidade. Porém, nossas vidas não são simplesmente uma série de eventos incoerentes. A maior parte desta atividade sintetizante, de acordo com Johnson, é realizada por estruturas imaginativas e a estrutura narrativa fornece a unidade sintética mais compreensível que podemos alcançar. Dessa maneira, o motivo porque a narrativa é a maneira mais adequada de explicação das ações humanas é que as formas de ação podem ser apreendidas metaforicamente como “jornadas”, isto é, uma síntese das partes em um todo unificado com uma certa estrutura. Logo, enquanto nós podemos capturar certos aspectos de nossa experiência via conceitos, modelos, proposições, metáforas e paradigmas, somente a narrativa compreende a temporalidade e a organização teleológica ao nível genérico no qual nós perseguimos a unidade e o significado para a vida.

Mas como se dá a construção de narrativas? Esta é produzida a partir da infância, de nossas experiências confusas, inicialmente em resposta às perguntas mais primordiais, tais como: “quem”, “o que”, “quando”, “onde”, “porque” e “como”.

Desse modo, Johnson reafirma a sua intenção de rejeitar a tendência tradicional que adota um ponto de vista atemporal da humanidade e de suas ações, e afirma a importância da função de recursos imaginativos no contexto tipicamente narrativo em que se desenvolve a vida humana.

Em suma, nós somos basicamente seres em processo, criaturas sintetizantes cujos corpos nos situam em um mundo que é ao mesmo tempo físico, social, moral e político. Portanto, nós estamos localizados em uma tradição cultural específica que supre o estoque de funções sociais, estruturas, modelos e metáforas que são o nosso modo de apreender o mundo, compreendê-lo e raciocinar sobre ele. Assim, os julgamentos morais ocorrem nesse panorama biológico-cultural e fazem uso dessas ferramentas imaginativas. E por fim, como o processo sintetizante mais completo, a narrativa desempenha o papel de organizar nossa identidade e de avaliar nossos cenários ao fazermos escolhas morais.

Assim, nós podemos aprender a viver não somente com múltiplos sistemas morais, mas também com a multiplicidade de valores e bens que experimentamos em nossas próprias vidas. Nós negociamos nosso caminho por intermédio desse emaranhado que é a moral deliberativa, nunca certos de onde poderemos finalizar, mas guiando somente nossas idéias e nossa ação no mundo.

De: Cristina G. Machado de Oliveira

Bibliografia:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. São Paulo: Ed. Moderna, 1992.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia – Ser, Saber e Fazer. São Paulo: Ed. Saraiva, 1997.

JOHNSON, Mark. Moral Imagination. --

KANT. Obras Incompletas. Tradução de Valério Rohden e Udo Baldur Moosburger.São Paulo: Nova Cultural, 1991. (Os pensadores)

MANON, Simone. Platão. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
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segunda-feira, 14 de abril de 2008

Um dia você aprende que...

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.

E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.

E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.

E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você é na vida.

E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você mesmo pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

Willian Shakespeare

Colaboração de: M.:I.: Carlos Afonso Urnau Athanasio
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quinta-feira, 10 de abril de 2008

Guerreiro



Todo guerreiro já ficou com medo de entrar em combate.
Todo guerreiro já traiu e mentiu no passado.
Todo guerreiro já perdeu a fé no futuro.
Todo guerreiro já trilhou um caminho que não era o dele.
Todo guerreiro já sofreu por bobagens.
Todo guerreiro já achou que não era um guerreiro.
Todo guerreiro já falhou em suas obrigações.
Todo guerreiro já disse SIM quando seu coração pedia que dissesse NÃO.
Todo guerreiro já feriu profundamente alguém que amava.

Por isso é que é um GUERREIRO.
Porque passou por estes desafios e não perdeu a ESPERANÇA de se tornar melhor.

Mensagem lida em Lj.: p/ M.:I.:César Augusto Pinto Ribeiro

É uma pérola que a A.:R.:L.:S.: Phoenix compartilha com todos Irs.:que visitam nosso Blog.
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quinta-feira, 3 de abril de 2008

RITO MODERNO

No Hipostilo do Templo, o Neófito, candidato à Iniciação, se viu envolvido pelo silêncio sepulcral que enchia o mundo subterrâneo para onde fora levado.
Silêncio somente quebrado pela voz do Mestre que, grave, se fazia ouvir:
"Escuta em Silêncio que é a Chave do Saber e, através da obediência ao Mestre, compreende que a verdade foge dos olhos do não Iniciado e que os Mistérios são revelados, apenas, ao Solitário entregue à reflexão e àquele que indaga no sossego da sua morada interior.
Lembra-te que a semente de toda a Sabedoria é o Silêncio.
Por tudo que te disse, filho da terra e aprendiz de homem, lembra-te de que quem afronta o que sonha, sem refletir no que pretende, encara o desconhecido e, como resultado encontra a própria perda. Cuida, pois todos aguardam teu fracasso e se portam como lobos esperando, em emboscada, para destruir-te.
Segue este conselho como medida de prudência: Observa, escuta, reflete e guarda silêncio".
Com um movimento de cabeça, o Mestre convidou o Neófito a seguí-lo e, lentamente, ambos penetraram na Galeria dos Grandes Mistérios.
O Mestre disse:
"Não te esqueças, filho da terra e aprendiz de homem: ninguém pode ferir-te, senão tu mesmo".
Reiniciaram a grande caminhada em direção ao seu Universo interior!
Maçonaria é uma Sociedade Iniciática. Silenciosa. Secreta.
Maçonaria é um sistema sacramental que tem um aspecto externo visível, cerimonial, com doutrina e símbolos. Tem um segundo aspecto, interno, consistente, que é mental e simbologista, velado nas cerimônias rituais e só acessível ao Maçon, pois que, ele, somente ele, aprendeu a extrair a realidade oculta nos simbolos.
Não sendo órgão de nenhum partido político ou grupamento social, a Maçonaria firmou seu propósito de estudar e impulsionar todos os problemas referentes à vida humana, com a finalidade de assegurar a Paz, a Justiça e a Fraternidade entre todos os homens e povos, sem distinção de raça, cor, religião, ou nacionalidade.

Antes, muito antes, não existiam Templos!
A civilização nasceu quando o caos e a insegurança chegaram ao fim, o medo foi dominado a curiosidade e a construtividade se viram em liberdade e, então, por um impulso natural, o homem procurou a compreensão e o embelezamento da sua vida.
Eis quando eu localizo, no Tempo Pretérito, os pilares mestres da ideologia Maçônica.
Então nasceram os Templos!
A Maçonaria, tal como hoje a conhecemos, tem sua estrutura a partir de 1717 com a consolidação dos velhos ordenamentos feita pelo reverendo James Anderson.
Ele mesmo, entretanto, pressupõe pretéritos.
Não é para menos! Exatamente na Inglaterra, à época de seu trabalho, já eram disponíveis documentos como aquela ilustração, acervo do Museu Britânico, na qual o Rei "Offa" of Mercia (757-795 d.C.), que construiu o dique que se estende da foz do rio Dee até ao leste do rio Wye, em Chepstow, está acompanhado do "Master Mason" que empunha um Esquadro e um Compasso.
A Maçonaria tem duas histórias: uma legendária e tradicional que vai à aurora da Arquitetura e outra, moderna, cobrindo um período de muitos séculos desde as antigas "guildas" e "fraternidades" que se radicavam na Inglaterra e no Continente, principalmente no período Gótico. Deste período, se acredita, provêm as principais linhas da Maçonaria atual. Deste tempo sobejam documentos e é fácil ser traçada a trajetória da Ordem. Foi neste tempo que aconteceu a integração da Maçonaria Operativa com a Maçonaria Especulativa, linha intelectual que se difundiu, principalmente no Ocidente e cuja estrutura mestra se encontra no chamado "Livro das Constituições" de 1723 da lavra de James Anderson que dedicou e trabalhou, como diz no intróito, para o Duque de Montagu, que exercera, no ano anterior, o Grão Mestrado da Ordem.
Embora alterado em 1738, em 1756, em 1767, em 1784 e, depois em 1813, quando se dividiram as duas correntes Maçônicas em Antigos e Modernos e que se fundiram em 1815 nascendo, então, a Grande Loja Unida da Inglaterra, ainda assim, o texto de Anderson, é dominante, pois que fundado na tradição, nos velhos manuscritos, regulamentos e nas Constituições Góticas que regiam as Corporações do Ofício de Pedreiro.
Até a Constituição de Anderson, prevalecia a tradição oral, de Maçon a Maçon, de ouvido a ouvido, e, portanto, sujeita às interpolações e desvios intencionais ou falhas de memória - tal qual na Bíblia.
O que estava escrito era guardado pelos Veneráveis para que não caísse em mãos profanas, evitando, assim, a destruição dos Segredos da Ordem.
Restou disponível, para a posteridade, para compilação de Anderson que contém uma parte Histórica e outra Disciplinar (Old Charges e General Regulations), o que fora arquivo das Lojas.
Não se fique, por isto, com a impressão, errônea, de que o 1º dia do 1º ano foi nesta época!
Não!
Em 80 a. C. foram abolidos pelo Senado Romano os Colégios de Arquitetos, sucessores dos Colégios criados por Numa Pompílio, cujo objetivo era perpetuar os antigos Mistérios.
Restaurados 20 anos depois, foram conservados até 378 d. C. quando o Cristianismo passou a dominar Roma. Suas tradições secretas foram transmitidas à Europa pelos Comacini, a cujo gênio criador se deve a arquitetura romanesca e o renascimento das Lojas da Europa. Guardavam marcante analogia com o moderno sistema Maçônico eis que estavam organizados em Mestres e Discípulos sob o governo de um Grão-Mestre. Usavam sinais, toques, palavras de passe e juramento de sigilo e fidelidade. Usavam aventais e luvas brancas e entre seus símbolos principais estavam o Leão de Judá, o nó de Salomão, o Esquadro, o Compasso, o Nível, o Fio de Prumo e a Rosa. Eram homens com o privilégio de livres no Estado de Lombardia;
pelos Corps d' Etat, que, na França, exercitaram a mesma influência dos Mestre italianos;
pelos Compagnonnage, também na França, símile das guildas simbólicas medievais;
pelos Canteiros, pedreiros alemães, construtores profissionais de cidades, também chamados de "Steinmetzen". Usavam um cumprimento e um sinal que não podiam ser escritos e adotavam cerimônia secreta de admissão;
pelas Guildas inglesas que derivam de três linhas de tradição: a dos celtas, a dos colégios romanos e finalmente a dos construtores, iniciados na época de Santo Agostinho;
pelos Grêmios mercantis. Foi nesta época que apareceram pela 1ª vez as antigas Ordenanças ou Constituições dos antigos Irmãos Operativos para manter sua unidade de espírito. Esta Maçonaria Operativa atingiu seu apogeu no século XII com o aparecimento e desenvolvimento da Arquitetura Gótica.
A investigação tem suas limitações. Numa sociedade secreta como é a Maçonaria, muita coisa jamais foi escrita, mas, apenas, transmitida oralmente, em Loja. Certamente a preocupação principal, consiste em perquirir na exata linha de ascendência do passado e viver a vida indicada pelos símbolos da Ordem com o fim, precípuo, de atingir a realidade, da qual, estes símbolos, são os maiúsculos reflexos.
É mister que se assinale ainda que existiam, no século XII, na Inglaterra, na Irlanda e na Escócia muitas Lojas Maçônicas além daquelas quatro que fundaram, em Londres, a grande Loja de Londres e Westminster.
O mesmo acontecia no Continente, na França, na Alemanha e na Bélgica.
Permeava a Ordem a influência religiosa.
Em 1877 ocorreu o mais significativo e importante acontecimento que se noticia na Maçonaria Universal contemporânea: foram abolidos na França, pelo Rito, originalmente chamado Francês, os mandos, então dogmáticos, da crença em um Deus de cunho Cristão, bem como, a crença na imortalidade da alma.
Não é função da Maçonaria Universal salvar almas!
Isto cabe às Igrejas em suas múltiplas formas.
Criado em 1761, na França, por isto sua denominação inicial, Rito Francês, foi instituído em dezembro de 1772 e, oficialmente instalado em 09 de março de 1773, com três Graus Simbólicos: Aprendiz, Companheiro e Mestre.
Em 1786, atendendo conveniências da época, foram criados mais quatro Graus, estes, ordem de Graus Filosóficos.
Esta revolução filosófica, gerou grandes reações adversas da Maçonaria Inglesa, representada pela Grande Loja da Inglaterra, essencialmente Teísta e, submissa ao Credo Anglicano.
Surpreendentemente, até hoje alguns pensam que com aquela decisão, o Rito Francês, hoje chamado Moderno, cunhou-se Ateísta.
Não é verdade. Ao contrário transformou-se no âmbito da Maçonaria Universal, o único que pode abrigar, sem reservas, o postulado maior da Constituição de Anderson ou seja: plena liberdade de consciência. É Rito eclético, liberal, humanista e, essencialmente civilista. Da reunião histórica da sua criação e instalação em 1773, o Grande Oriente da França, pelo Grão-Mestre da Maçonaria Francesa o Duque de Chartre depois de muitas manobras de ordem política, resolveu em 1786 aceitar por unanimidade e por em prática a estrutura do Rito que, até hoje, não foi mais modificada.

Graus Simbólicos

Aprendiz, Companheiro, Mestre

Graus Capitulares
4º Grau: Eleito ou Eleito Secretário - 1ª Ordem
5º Grau: Escocês ou Eleito Escocês - 2ª Ordem
6º Grau: Cavaleiro do Oriente - 3ª Ordem
7º Grau: Cavaleiro Rosa-Cruz - 4ª Ordem.

Somos uma Sociedade Secreta de homens livres e de bons costumes.
Na Maçonaria atual, homens que não são construtores por profissão, mas sim construtores sociais, edificam, a cada dia, o Templo moral e social da Humanidade.
Essencialmente isto.
Atendendo os postulados da Constituição de Anderson, a liberdade impede que se imponha qualquer crença ao Iniciado, o que, sem dúvida, é essência do Rito Moderno:
Liberdade Absoluta de Consciência!
O caminho que leva às portas de um Templo Maçon não difere muito de um para outro homem!
Todos buscam paz!
Todos buscam liberdade!
Todos buscam a luz!
Elas estão aqui! Basta ter olhos para vê-las!

Porto Alegre, 24 de março de 1999.

MARCELO MOREIRA TOSTES
MI-Gr 33 do SC DREAEA
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