quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Maçonaria x Catolicismo

Inicialmente, para esclarecimento, Dom Redovino Rizzardo é Bispo da Diocese de Dourados - MS e foi publicado originalmente no DouradosNews, em sua coluna mensal. Não é a primeira vez que ele fala da maçonaria e outros assuntos polêmicos dentro da Igreja Romana.

Abaixo o texto na íntegra:

Dourados, 14 de Novembro de 2008
DOM REDOVINO - Sexta-feira, 14 de Novembro de 2008, 07:53

Artigo:Sou católico e maçom: qual é o problema? D. Redovino

Apesar de, na adolescência, alguém ter descortinado em mim indícios de vocação mais militar do que eclesiástica, nunca me senti com armas em punho. Não sei se por virtude, formação ou temperamento, não é de meu feitio inventar inimigos para ter o prazer de destruí-los. Percebo-me mais levado à comunhão do que ao combate. Nestes oito anos de episcopado, penso que em nenhuma homilia eu tenha perdido tempo condenando a quem pensa diferente, seja ele espírita ou evangélico, ateu ou maçom. Até mesmo porque tenho por mim que é melhor acender uma luz do que amaldiçoar as trevas.

Mas, ao mesmo tempo, tenho consciência que não posso ficar em cima do muro, sem tomar uma posição definida, para não perder os amigos e não ser criticado pelos "inimigos". Se assim fizesse, estaria sendo infiel à minha missão, como adverte o profeta Ezequiel: «Filho de Adão, eu te coloquei como sentinela na casa de Israel. Quando ouvires uma palavra de minha boca, tu falarás em meu nome. Se eu digo ao perverso que ele morrerá e tu nada disseres para que deixe sua má conduta e conserve a vida, ele perecerá por sua culpa, mas a ti pedirei contas de seu sangue» (3,17-18).

Fiz essa introdução porque, nestes anos de episcopado, foram inúmeros os católicos que me procuraram para saber se, em sã consciência, poderiam fazer parte da Maçonaria. É a eles que desejo responder neste artigo, sem pretensão de falar em nome de outras denominações cristãs que, talvez, tenham opinião diferente.

Primeiramente, quero lembrar que só se sente realizado quem tem e assume uma identidade clara e definida. Ser ecumênico não significa renunciar a convicções pessoais. Nem ter que ser necessariamente sincretista, nivelando todas as culturas e religiões. O pluralismo só é virtude onde existe maturidade e comunhão.

Dito isso, o que devo responder aos católicos que me perguntam se podem ingressar na Maçonaria? À primeira vista, a resposta pareceria afirmativa, pois assim como o Rotary e o Lions, a Maçonaria não se define como religião, mas como «uma instituição fraterna e filantrópica, uma filosofia humanista, preocupada antes de tudo pelo homem e consagrada à busca da verdade», apesar de considerá-la inacessível. Mesmo contando com ritos e símbolos que a assemelham a uma religião – tanto que se fala em templos maçônicos –, ela se diz aberta a crentes e não crentes. Talvez seja por isso que, enquanto algumas Lojas manifestam uma verdadeira ojeriza por Deus, outras até parecem exigir de seus membros uma fé religiosa.

Apesar de contar com um grande número de amigos que pertencem simultaneamente à Igreja Católica e à Maçonaria, preciso reconhecer que, entre elas, há princípios que se opõem mutuamente. Tanto é verdade que, se nos primeiros anos de filiação os membros católicos continuam praticando a fé, à medida que sobem na graduação maçônica, a imensa maioria se afasta decididamente da Igreja e dos sacramentos, acabando no indiferentismo religioso.

Os motivos são múltiplos e diversificados. Um deles é o laicismo propugnado pela Maçonaria. Não se trata da laicidade positiva defendida pelo presidente francês Nicolas Sarkozy. O laicismo imposto pelo Iluminismo e pela Revolução Francesa reduz a religião à esfera privada, vetando-lhe qualquer interferência na vida pública. Nele, os valores são ditados pela democracia e impostos pela maioria. Não tendo origem divina, nenhuma moral é definitiva, mas evolui pelo consenso da sociedade.

Outro ponto de divergência é o racionalismo. A Maçonaria não aceita verdades reveladas. Rejeita os dogmas impostos pela fé. Tudo tem que ser explicado pela razão. Fica complicado, portanto, para um católico maçom continuar acreditando na encarnação e na ressurreição de Jesus – só para dar dois exemplos.

A própria imagem de Deus apregoada pelos maçons é muito diferente da que foi revelada por Jesus. Para a Maçonaria, o Grande Arquiteto do Universo é um Deus abstrato, distante e inacessível, uma espécie de "mestre relojoeiro". Deixa as coisas acontecerem e não interfere nos assuntos dos homens.

Como o leitor católico percebeu, não é simples falar de sintonia e convivência em matéria de religião. Apesar de se declarar tolerante com todas as religiões, a Maçonaria manifesta certa dificuldade em aceitar a influência da Igreja Católica na sociedade. Contudo – sem entrar no mérito de outros aspectos, como a entreajuda que vigora entre os maçons (e que desaparece quando alguém deixa a entidade), e a seleção rigorosa de seus membros, escolhidos a dedo entre as classes mais favorecidas –, para um diálogo frutuoso e uma convivência pacífica, o primeiro passo a fazer, de ambas as partes, é a sinceridade de intentos, o desarmamento dos ânimos e a superação dos preconceitos criados ao longo dos séculos.

Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo da Diocese de Dourados, que jurisdiciona as paróquias Grande Dourados e cone sul do MS.

Colaboração: Ir.: Carlos Oliveira Link
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

19 de novembro - Dia da Bandeira do Brasil


Dia da Bandeira aplica-se a duas situações. Numa ocasião, é o dia em que uma região, normalmente uma nação, escolhe para hastear a sua bandeira, noutra, é o dia dedicado à celebração de uma data histórica que tenha a ver com a bandeira (ex: criação ou adoção da bandeira).
Os Dias da Bandeira são regulados pelas instituições governamentais dos países em que vigorarem, podendo um decreto emitido pelo chefe de estado determinar um Dia da Bandeira. As indicações de onde e como a bandeira deve ser hasteada pode ser transmitida por Decreto-Lei.

A bandeira do Brasil foi instituída a 19 de novembro de 1889, ou seja, 4 dias depois da Proclamação da República. É o resultado de uma adaptação na tradicional Bandeira do Império Brasileiro. Neste contexto, em vez do escudo Imperial português dentro do losango amarelo, foi adicionado o círculo azul com estrelas na cor branca.
Existem normas específicas nas dimensões e proporções do desenho da Bandeira Brasileira. Ela tem o formato retangular, com um losango amarelo em fundo verde, sendo que no centro a esfera azul celeste, atravessada pela faixa branca com as palavras Ordem e Progresso em letras maiúsculas verdes. Essa faixa é oblíqua, inclinada da esquerda para direita. No círculo azul estão 27 estrelas, que retratam o céu do Rio de Janeiro, incluindo várias constelações, como, por exemplo, o Cruzeiro do Sul. As estrelas representam simbolicamente os 26 Estados e o Distrito Federal. A única estrela que fica na parte superior do círculo representa o estado do Pará.
A Bandeira Nacional é hasteada de manhã e recolhida na parte da tarde. Ela não pode ficar exposta à noite, a não ser que esteja bem iluminada. É obrigatório o seu hasteamento em órgãos públicos (escolas, ministérios, secretarias de governo, repartições públicas) em dias de festa ou de luto nacional. Nos edifícios do governo, ela é hasteada todos os dias. Também é exposta em situações em que o Brasil é representado diante de outros países como, por exemplo, em congressos internacionais e encontros de governos.
No dia 19 de Novembro ocorrem comemorações cívicas, acompanhadas do Hino à Bandeira.
Curiosidade: As quatro cores da Bandeira Nacional representam simbolicamente as famílias reais de que descende D.Pedro I, idealizador da Bandeira do Império. Com o passar do tempo esta informação foi sendo substituída por uma adaptação feita pelo povo brasileiro. Dentro deste contexto, o verde passou a representar as matas, o amarelo as riquezas do Brasil, o azul o seu céu e o branco a paz que deve reinar no Brasil.

Da época de seu descobrimento até o dia de hoje, o Brasil teve nove bandeiras:
1) de 1500 a 1580- Bandeira do Brasil colônia portuguesa
2) de 1580 a 1645- Bandeira do Brasil colônia espanhola
3) de 1645 a 1808- Bandeira do Brasil colônia, principado de Portugal
4) de 1808 a 1816- Bandeira do Brasil sede do Reino Português
5) de 1816 a 1821- Bandeira do Brasil Reino Unido de Portugal e Algarves
6) de 1821 a 1822- Bandeira do Brasil Reino Unido Constitucional, proclamado em 1821, com assentimento de D. João VI
7) de 1822 a 15/11/1889- Bandeira do Brasil Império
8) de 15/11/1889 a 19/11/1889- Bandeira provisória da República Brasileira, inspirada na Bandeira Norte-Americana
9) 19/11/1889- Bandeira Brasileira atual

Como sabemos, a Proclamação da República deu-se em 15/11/1889 e, já no dia 19, tínhamos um decreto, oficializando a nossa bandeira. O projeto vencedor foi o de autoria de Raimundo Teixeira Mendes, assessorado tecnicamente pelo astrônomo Manuel Pereira Reis e, artisticamente, pelo pintor Décio Vilares.

Em 24/11/1889, mediante o Diário Oficial, o autor fez a exposição de motivos, alegando, entre outras coisas, que a posição relativa das estrelas, na bandeira, obedecia ao aspecto do céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15/11/1889 (12 horas siderais), no qual, a Constelação do Cruzeiro do Sul, se apresentava verticalmente, em relação ao horizonte da cidade do Rio de Janeiro.

Na época, com referência a posição das estrelas, críticas foram feitas ao projeto vencedor.

Raimundo Teixeira Mendes alegou, em sua defesa, que o projeto tinha sido elaborado e desenhado, contrariando o parecer do astrônomo, derivando mais para uma disposição estética que sideral.

A Bandeira Brasileira é constituída por um retângulo verde, simbolizando a pujança de nossas matas; sobre esse retângulo temos um losango amarelo, representando as riquezas minerais do nosso solo.

Bem ao centro, temos um circulo azul, cortado por uma faixa branca, com uma ligeira inclinação, contendo o dístico "Ordem e Progresso".

No círculo, estão desenhadas estrelas brancas, representando os Estados e o Distrito Federal.

Pelo que se constata, é a única Bandeira Nacional que contém um dístico.

No círculo, estão desenhadas estrelas brancas, representando os Estados e o Distrito Federal.
CORRESPONDÊNCIA DOS ESTADOS BRASILEIROS E O DISTRITO FEDERAL COM AS ESTRELAS
ESTADO ESTRELA ESTADO ESTRELA
ACRE Gama da Hidra Fêmea RIO DE JANEIRO Beta do Cruzeiro do Sul
AMAPÁ Beta do Cão Maior SÃO PAULO Alfa do Cruzeiro do Sul
AMAZONAS Procyon (Alfa do Cão Menor) PARANÁ Gama do Triângulo Austral
PARÁ Spica (Alfa de Virgem) SANTA CATARINA Beta do Triângulo Austral
MARANHÃO Beta do Escorpião RIO GRANDE DO SUL Alfa do Triângulo Austral
PIAUÍ Antares (Alfa do Escorpião) MINAS GERAIS Delta do Cruzeiro do Sul
CEARÁ Epsilon do Escorpião GOIÁS Canopus (Alfa de Argus)
RIO GRANDE DO NORTE Lambda do Escorpião MATO GROSSO Sirius (Alfa do Cão Maior)
PARAÍBA Capa do Escorpião MATO GROSSO DO SUL Alphard (Alfa da Hidra Fêmea)
PERNAMBUCO Mu do Escorpião RONDÔNIA Gama do Cão Maior
ALAGOAS Teta do Escorpião RORAIMA Delta do Cão Maior
SERGIPE Iota do Escorpião TOCANTINS Epsilon do Cão Maior
BAHIA Gama do Cruzeiro do Sul BRASILIA (DF) Sigma do Oitante
ESPÍRITO SANTO Epsilon do Cruzeiro do Sul

Atenção:- Mesmo entre doutos, confunde-se o estado do Pará, representado pela estrela Spica (Alfa de Virgem), pelo Distrito Federal, representado pela estrela Sigma do Oitante.

ASPECTOS LEGAIS REFERENTES À BANDEIRA NACIONAL BRASILEIRA
O DECRETO REPUBLICANO

O projeto de Teixeira Mendes provocou desacordos:

Benjamim Constant e Rui Barbosa apoiaram-no, já Quintino Bocaiúva era contrário a sua aprovação. Contudo, mesmo com as discordâncias, o projeto foi aprovado em 19 de novembro, através do Decreto N.º4:

"O Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil: Considerando que as cores da nossa antiga bandeira recordam as lutas e as vitórias gloriosas do exército e da armada na defesa da Pátria; Considerando, pois, que essas cores, independentemente da forma de governo, simbolizam a perpetuidade e integridade da Pátria entre as outras nações; Decreta:

Art. 1º - A bandeira adotada pela República mantém a tradição das antigas cores nacionais, verde e amarelo, do seguinte modo: um losango amarelo em campo verde, tendo no meio a esfera celeste azul, atravessada por uma zona branca, em sentido oblíquo e descendente da esquerda para a direita, com a legenda, Ordem e Progresso, e pontuada por vinte e uma estrelas, entre as quais as da constelação do CRUZEIRO, dispostas na sua situação astronômica, quanto a distância e ao tamanho relativos, representando os vinte Estados da República e o Município Neutro, tudo segundo o modelo debuxado no Anexo n.º 1.

Art. 2º - As armas nacionais serão as que se figuram na estampa anexa, n.º 2.

Art. 3º - Para os selos e sinetes da República, servirá de símbolo a esfera celeste, qual se debuxa no centro da bandeira, tendo em volta as palavras - República dos Estados Unidos do Brasil.

Art. 4º - Ficam revogadas as disposições em contrário. Sala das sessões do Governo Provisório, 19 de novembro de 1889, 1º da República."

Esse decreto foi redigido por Rui Barbosa e foi assinado por:

Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisório, Quintino Bocaiúva, Aristides da Silveira Lobo, Rui Barbosa, M. Ferraz de Campos Sales, Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Eduardo Wandenkolk

No dia 24/11/1889, o autor, Raimundo Teixeira Mendes,publica no Diário Oficial, a exposição de motivos do projeto, cujo documento recebeu o nome de "Apreciação Filosófica"; pincelamos os principais trechos:

"...o símbolo nacional devia manter do antigo tudo o que pudesse ser conservado, de modo a despertarem nossa alma o mais ardente culto pela memória de nossos avós."

"...tendo no meio a esfera celeste azul..."

"...lembra naturalmente a fase do Brasil-Colônia nas cores azul e branca que matizam a esfera, ao mesmo tempo que esta recorda o período do Brasil-Reino, por trazer à memória a esfera armilar."

"... atravessada por uma zona branca, em sentido oblíquo e descendente da esquerda para a direita..."

A legenda era mais extensa do que "ORDEM E PROGRESSO"

"o amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim"

"A nova divisa significa que essa revolução não aboliu simplesmente a monarquia, que ela aspira a fundar uma pátria de verdadeiros irmãos, dando à Ordem e ao Progresso todas as garantias que a história nos demonstra serem necessárias a sua permanente harmonia."

"Era preciso figurar um céu idealizado, isto é, compor uma imagem que em nossa mente evocasse o aspecto do nosso céu..."

Quanto ao posicionamento das estrelas, muitas criticas foram feitas; alegava-se lapso do desenhista, pois as estrelas pareciam refletir uma posição sideral, como se fôssem vistas através de um espelho.

Posteriormente, para dirimir um pouco essa visão crítica, foi incluido no texto legal, o seguinte:

"As constelações que figuram na Bandeira Nacional correspondem ao aspecto do céu, na Cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889 (12 horas siderais) e devem ser consideradas como vistas por um observador situado fora da esfera celeste."

LEGISLAÇÃO ATUAL

lei número 8.421, de 11 de maio de 1992 (Altera a Lei número 5.700, de primeiro de setembro de 1971, que "DISPÕE SOBRE A FORMA E A APRESENTAÇÃO DOS SIMBOLOS NACIONAIS".
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INSTRUÇÕES PARA A VIDA

O primeiro grau de Aprendiz
É o alicerce, a verdade que não se intimida
É onde o profano, como se diz,
Inicia o aperfeiçoamento na vida.
Seus símbolos, alegorias e rituais
Para entender, acreditar e praticar
De tão profundo sentido que faz
Acalma os anseios, nos faz melhorar
A Loja é do Norte ao Sul em largura
Em comprimento, do Oriente ao Ocidente
Da Terra ao Céu é a sua altura
E ainda resta outra medida imponente
Da Superfície ao Centro da Terra, a profundidade
Tornando a Instituição Sublime e Universal
No quadrilongo sua forma é sem paridade
Tamanho sem dimensão, medida sem igual
Do Oriente ao Ocidente
O sol, a civilização, a ciência e a fraternidade
Não é por circunstância ou acidente
Que essa é a orientação da irmandade
Sabedoria, Força e Beleza
Colunas de sustentação
Um sem o outro não há destreza
No caminho da luz da exaltação
Na escalada para a abóbada celeste
A escada de Jacó e cada degrau
A fé, esperança, caridade revestem
As virtudes para o próximo grau
No pavimento mosaico o antagonismo em harmonia
A estrela flamejante espalhando luz e calor
A orla dentada reúne em perfeita sintonia
Os irmãos em loja simbolizando fraterno amor
Na pedra bruta os aprendizes a trabalhar
Desbastando o seu primitivo e áspero sentimento
Buscam com o maço e cinzel o polimento
A pedra cúbica chegar a qualquer momento
Necessário é ser livre e de bons costumes gozar
Ser vendado para a luz e privado dos metais
Do mundo profano a vaidade e o orgulho abdicar
Viajar com os sentidos, fraquejar jamais
A primeira viagem trovões e ruídos
As paixões não dominadas pela razão
Na segunda, pelas armas de ambição imbuídos
Na terceira, paz, maturidade e reflexão
Há um secreto reconhecimento
Esse indícios são em número de três
Revelados em seu devida momento
O S.’.T.A. E A P.’., não importa a vez
Na marcha três passos característicos adiante
Entre colunas se cuçmprimenta pelo sinal
O Oriente, 1º e 2º Vigilante
Em seguida à Ordem, posição inicial
Esse sinal lembra o movimento
Se quebrar o juramento se prefere
Ser cortado a partir desse momento
Região mortal que mais se fere
Na bateria, na marcha e na idade uma coincidência
Desde a Antiguidade os números têm sua representação
Na religião, no culto e na ciência
Têm simbologia exata na vida do Maçom
O número um é o princípio, a unidade
O ser primitido em toda religião
O dois é o símbolo dos contrários, da ambigüidade
Um número fatídico, do desequilíbrio e contradição
Dois representa a inércia e o movimento
A soma e a multiplicação
O bem ou mal, depende, é sofrimento
Número da dúvida, abismo e confusão
Do acréscimo de mais uma unidade
O antagonismo torna-se sem efeito
O número três adquire a capacidade
De ser a unidade da vida, do que é perfeito
Assim como o número três é de qualidades repleto
O triângulo é o primeiro que dá forma e dimensão
Três ângulos e três linhas formam um todo completo
Existência da divindade, produtora da Evolução
Nos três pontos da grafia se carrega
Três grandes qualidades em evidência
Nisso várias virtudes agrega
Vontade, Sabedoria e Inteligência
Inseparáveis para um equilíbrio perfeito
Um sem o outro, força em desarmonia
Qualidade sem ação e efeito
Resultado sem direção, à revelia
Nesse breve resumo, na atual conjuntura
Muito mais para desvendar
Um novo sentido em cada leitura
Para a cada dia mais, aperfeiçoar
A Maçonaria como filosofia de vida
Num instante de silêncio eu peço
Força e sabedoria na lida
Para Glória do G.’.A.’.D.’.U.’.
Autor: Ir.’. Lauro Maiolino Ribeiro
A.R.L.S Estrela de Sorriso N. 40 – Sorriso/MT.
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Texto de Fernando Pessoa sobre o entendimento dos símbolos

"O entendimento dos símbolos e dos rituais (simbólicos) exige do intérprete que possua cinco qualidades ou condições, sem as quais os símbolos serão para ele mortos, e ele um morto para eles.
A primeira é a simpatia; não direi a primeira em tempo, mas a primeira conforme vou citando, e cito por graus de simplicidade. Tem o intérprete que sentir simpatia pelo símbolo que se propõe interpretar.

A segunda é a intuição. A simpatia pode auxiliá-la, se ela já existe, porém não criá-la. Por intuição se entende aquela espécie de entendimento com que se sente o que está além do símbolo, sem que se veja.

A terceira é a inteligência. A inteligência analisa, decompõe, reconstrói noutro nível o símbolo; tem, porém, que fazê-lo depois que, no fundo, é tudo o mesmo. Não direi erudição, como poderia no exame dos símbolos, é o de relacionar no alto o que está de acordo com a relação que está embaixo. Não poderá fazer isto se a simpatia não tiver lembrado essa relação, se a intuição a não tiver estabelecido. Então a inteligência, de discursiva que naturalmente é, se tornará analógica, e o símbolo poderá ser interpretado.

A quarta é a compreensão, entendendo por esta palavra o conhecimento de outras matérias, que permitam que o símbolo seja iluminado por várias luzes, relacionado com vários outros símbolos, pois que, no fundo, é tudo o mesmo. Não direi erudição, como poderia ter dito, pois a erudição é uma soma; nem direi cultura, pois a cultura é uma síntese; e a compreensão é uma vida. Assim certos símbolos não podem ser bem entendidos se não houver antes, ou no mesmo tempo, o entendimento de símbolos diferentes.

A quinta é a menos definível. Direi talvez, falando a uns, que é a graça, falando a outros, que é a mão do Superior Incógnito, falando a terceiros, que é o Conhecimento e a Conversação do Santo Anjo da Guarda, entendendo cada uma destas coisas, que são a mesma da maneira como as entendem aqueles que delas usam, falando ou escrevendo."

Fernando Pessoa
Nota preliminar do livro Mensagem

Colaboração: Adm Blog
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E o Que é Virtude?

O Dicionário de Filosofia de Nicola Abbagnano assim a define em termos filosóficos: “O termo (virtude) designa uma capacidade qualquer ou excelência, seja qual for a coisa ou o ser a que pertença. Os seus significados específicos podem ser reduzidos a três: l.º - capacidade ou potência em geral; 2º - capacidade ou potência própria do homem; 3º - capacidade de natureza moral, própria do homem”.

Expliquemos esses três sentidos.

1. O primeiro desses significados se refere às qualidades materiais ou físicas de qualquer ser, inclusive do homem. São as virtudes da água, do ar, ou como as virtudes naturais dos seres vivos de respirar, reproduzir-se, ou do homem de raciocinar, de ser bípede etc. Esse significado se refere a qualidades não adquiridas, mas próprias da natureza de cada ser, tanto em razão de sua composição química como em razão de sua estrutura orgânica ou de sua evolução natural. São as qualidades e as capacidades naturais que os seres em geral manifestam, desde os átomos até os seres organizados superiores.

2. O segundo significado diz respeito às habilidades próprias do ser humano, como tocar um instrumento musical, saber usar um machado, saber escrever, pintar, ler, raciocinar logicamente etc. São na verdade destrezas, habilidades ou capacidades de execução de alguma atividade, adquiridas através de exercícios e experiências, tanto em nível corporal como em nível mental. São as qualidades adquiridas pelo aprendizado.

3. O terceiro sentido de virtude diz respeito ao comportamento moral resultante do exercício do livre arbítrio e, portanto, diz respeito exclusivamente ao homem.

É exatamente desse terceiro sentido, o comportamento moral, que nos interessa como Maçons, pois somente ele diz respeito exclusivamente à educação do espírito, uma tarefa extremamente valorizada dentro da Maçonaria porque conduz ao comportamento moral e a generosidade.

Comportamento moral é a pratica da solidariedade humana em todos os sentidos, e que pode ser manifestada de infinitas maneiras, pois são infinitas as maneiras que nos podem conduzir na pratica da solidariedade. Podemos, por exemplo, trabalhar com dedicação para tirar o homem de sua ignorância, podemos ajudar o nosso semelhante a superar suas necessidades materiais, podemos nos colocar ao lado do nosso semelhante em suas dores mais profundas, podemos estar ao lado dele quando abatido em seus males corporais, enfim há tantos meios de praticar a solidariedade.

Para que um determinado comportamento moral possa ser considerado uma virtude não é suficiente a prática de atos morais esporádicos ou isolados. É necessário antes de tudo haver uma continuidade, um hábito, um estado de espírito sempre ativo e presente na consciência, a cada dia e a cada momento.

Postas essas considerações iniciais podemos dizer que a generosidade é uma virtude, e assim sendo ela é um estado de espírito de ser bom em um sentido moral e geral, não só em determinadas ocasiões ou apenas em determinados ambientes. Ser generoso, por exemplo, não é ser compreensivo e amável para com seus familiares no recesso do seu lar e ser duro e inflexível com os subalternos no seu trabalho. Ser generoso é ser bom e compreensivo com a família, é lembrar-se dela o dia inteiro e levar a mesma generosidade aos colaboradores fora do lar. Ser generoso não é ser bom e fraterno no interior de nossas lojas e nos encontros sociais e esquecer-se da condição de maçom no dia-a-dia.

A generosidade não é feita de impulsos ou a prestações. Sendo um estado de espírito, ela deve estar presente em nosso espírito em tempo integral. A verdadeira generosidade deve ser parte integrante tanto do nosso consciente quanto do nosso inconsciente. É algo que deve transcender o nosso dia-a-dia.
Ser altruísta, ser filantropo, ser fraterno são faces da virtude da generosidade. Na verdade o altruísmo, a filantropia, a fraternidade se completam reciprocamente, pois ninguém pode ser altruísta sem ser filantropo ou sem ser fraterno. Detenhamo-nos um pouco sobre cada uma dessas faces, que também são virtudes cada uma por si.

O altruísmo visto como virtude é, na definição de Augusto Comte, viver para os outros. Ser altruísta é dominar os instintos egoístas, que existem naturalmente em todo o ser humano. Isso promove o afloramento das inclinações benévolas que também estão sempre presentes. O altruísmo faz com que o homem concilie sua satisfação pessoal com o bem estar e a satisfação de seus semelhantes, de sua comunidade, de sua família, de seus irmãos.

Os instintos naturais de benevolência por si não constituem o altruísmo. O compõem somente se o homem consegue dar-lhes caráter de habitualidade. Esses instintos afloram esporadicamente como móveis de comportamento e é necessário tornar o altruísmo um estado habitual que reduza e abafe continuamente os instintos egoístas, educando-os e tornando-os menos ativos e mais obedientes a vontade. Como ilustração citamos uma cultura agrícola, o milho. Enquanto a planta nasce e cresce é necessária uma permanente atenção para erradicar as ervas daninhas. Depois que as plantas crescem elas por si abafam as plantas daninhas com seu próprio vigor.

Filantropia é um sentimento de solidariedade de um homem para com outro homem. É um vínculo que une naturalmente todos os homens em um organismo supra-individual, que é a humanidade.
Disse o grande orador romano Cícero “Daí deriva que é também natural a solidariedade recíproca dos homens entre si, porque necessariamente um homem não pode ser estranho a outro homem pelo próprio fato de ser homem”.

O termo filantropia deriva do grego “jilanqropia” e significa literalmente amor aos homens, amabilidade, bondade. A filantropia em seu sentido original significava apenas ser amigo dos homens, diferente daquele sentido que lhe empresta o linguajar comum, o de esporádicos e perfunctórios auxílios prestados a semelhantes necessitados, como dar esmolas, por exemplo, um ato que não traz nenhum resultado social nem para o esmoler nem para o esmoleiro.

Não se pode ser amigo somente em certas ocasiões e de certas pessoas. A verdadeira filantropia deve estender-se a todos os homens, indistintamente. Filantropia verdadeira é ajudar o semelhante a emergir de sua pobreza material, de seu analfabetismo, de sua ignorância, devolvendo-lhe o amor próprio e a respeitabilidade social.

Não é ser filantropo catar algumas moedas no fundo dos bolsos para atender a um hipotético apelo das viúvas e dos pobres, num faz de conta que não minora efetivamente as necessidades de ninguém. Também não é filantropo quem atende ao T\S\ com uma polpuda importância e limita esse exercício de filantropia a essa única vez por semana ou por mês, quiçá a uma vez por ano.

Fraternidade (do latim frater - irmão) é a união ou a convivência em harmonia, paz e concórdia como entre irmãos carnais. Esta definição não parte da suposição de que os irmãos de sangue vivam em harmonia permanente, mas sim que existe entre eles um laço natural que os une, no caso um laço biológico, o laço de sangue, que tão profundamente vincula os familiares.

É humanamente impossível querer que pessoas das mais variadas índoles, dos mais variados níveis de cultura, ou das mais variadas tradições culturais, ou dos mais variados níveis sociais, vindos das mais diversas religiões ou correntes filosóficas vivam em permanente harmonia pelo simples fato de se terem tornado maçons.

A harmonia maçônica, ou Fraternidade Maçônica é conseguida através de um laço que se poderia chamar de cumplicidade maçônica. Essa cumplicidade nasce entre os irmãos a partir do compartilhamento de diversos sigilos, como o aspecto secreto das reuniões, os sinais de reconhecimento, o segredo dos graus, os simbolismos etc., e começa a se formar a partir do momento da iniciação. É essa gama de atos e fatos ligados à estrutura básica da Maçonaria que faz nascer essa ligação de cumplicidade que gera a inconfundível fraternidade Maçônica. Este laço material se reforça com a prática da Filosofia e dos Princípios Maçônicos, principalmente da Generosidade Maçônica.
Haverá certamente momentos em que afloram os instintos egoístas ainda não convenientemente dominados, provocando desentendimentos pessoais. Isso é natural que aconteça e há mesmo indivíduos que, depois de se tornarem maçons, após muitos anos não conseguem absorver o verdadeiro sentido do que é uma fraternidade. Não conseguem deixar-se dominar pela cumplicidade maçônica. Nesses momentos deve agir o sentimento de compreensão dos demais irmãos para serenar os ânimos e não deixar os ressentimentos se avolumarem. Importante é não deixar de lutar pela fraternidade a cada dia e a cada instante.

As virtudes da generosidade, do altruísmo, da filantropia, da fraternidade, são os elementos por excelência para construir em nosso interior o verdadeiro espírito maçônico.

Colaboração: Adm Blog
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Os 10 apelos do aprendiz-maçom

I - Ensina-me Mestre, a desbastar minha pedra bruta, com a prática que adquiristes ao desbastar tua própria pedra.
II - Ensina-me Mestre, a caminhar na marcha do meu grau, no grande Templo Maçônico, que é o mundo lá fora, caminhando tu, à minha frente, como meu líder, nos caminhos do Bem, da Verdade e da Justiça.
III - Ensina-me Mestre, a ser livre de vaidades, ambições e servilismos que amesquinham o homem, vendo eu em ti, o Mestre livre de tais sentimentos.
IV - Ensina-me Mestre, o dom que tens de perdoar, esquecer e compreender as fraquezas de todos os homens, enaltecendo suas virtudes, para que eu, como teu discípulo, possa também saber perdoar, esquecer e compreender as fraquezas de todos os homens, enaltecendo suas virtudes.
V - Ensina-me Mestre, a trabalhar como trabalhas, anonimamente, em favor de uma boa causa, fugindo como tu foges, dos aplausos frívolos, fáceis e das honrarias vulgares.
VI - Ensina-me Mestre, os bons costumes que tens de saber ouvir e de saber calar nos momentos certos, mas principalmente o dom, que tens de lutar em favor dos que clamam por pão e justiça social.
VII - Ensina-me Mestre, a ser como tu és, a todos os momentos, um simples, mas forte tijolo da Ponte de União entre os homens, e nunca um ponto de discórdia entre eles.
VIII - Ensina-me Mestre, a cultivar em meu coração, todo o respeito e amor que cultivas entre os homens, e principalmente com tua família, para que possa, cada vez mais, espelhado em ti, respeitar a todos os homens e amar em toda a extensão da palavra, minha família.
IX - Ensina-me Mestre, toda tua bravura, destemor e honradez para defender a Liberdade e a Soberania da nossa Pátria, para que eu possa, a qualquer momento, ao teu lado e contigo, lutar e morrer pela sua defesa.
X - Ensina-me Mestre, tudo isso, sem vaidades, ostentações ou vãs palavras, que se perdem ao vento, mas simplesmente com teus próprios exemplos, para que eu possa um dia, ser um verdadeiro Mestre-Maçom.

Colaboração: Adm Blog
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domingo, 16 de novembro de 2008

Principios Fundamentais da Maçonaria

A Maçonaria é uma Ordem Universal, formada por homens de todas as raças, credos e nacionalidades, acolhidos por iniciação e congregados em Lojas, nas quais, por métodos ou meios racionais, auxiliados por símbolos e alegorias, estudam e trabalham para a construção da Sociedade Humana.

É fundada no Amor Fraternal, na esperança de que com Amor a Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo, com Tolerância, Virtude e Sabedoria,com a constante e livre investigação da Verdade, com o progresso do Conhecimento Humano, das Ciências e das Artes, sob a tríade - Liberdade, Igualdade e Fraternidade - dentro dos princípios da Razão e da Justiça, o mundo alcance a Felicidade Geral e a Paz Universal.

Desse enunciado, deduzem-se os seguintes corolários:

a. A Maçonaria proclama, desde a sua origem, a existência de um PRINCÍPIO CRIADOR, ao qual, em respeito a todas a religiões, denomina Grande Arquiteto do Universo;

b. A Maçonaria não impõe limites à livre investigação da Verdade e, para garantir essa liberdade, exige de todos a maior tolerância;

c. A Maçonaria é acessível aos homens de todas as classes, crenças religiosas e opiniões políticas, excetuando aquelas que privem o homem da liberdade de consciência, restrinjam os direitos e a dignidade da pessoa humana, ou que exijam submissão incondicional aos seus chefes, ou façam deles - direta ou indiretamente - instrumento de destruição, ou ainda, privem o homem da liberdade de manifestação do pensamento;

d. A Maçonaria Simbólica se divide em três Graus, universalmente Reconhecidos e adotados: Aprendiz, Companheiro e Mestre;

e. A Maçonaria, cujo objetivo é combater a ignorância em todas as suas Modalidades, constitui-se numa escola mútua, impondo o seguinte Programa:
- obedecer às leis democráticas do País;
- viver segundo os ditames da Honra;
- praticar a Justiça;
- amar ao Próximo;
- trabalhar pela felicidade do Gênero Humano, até conseguir sua emancipação progressiva e pacífica.

f. A Maçonaria proíbe, expressamente, toda discussão religiosa-sectária ou político-partidária em seus Templos;

g. A Maçonaria adota o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso, como suas Três Grandes Luzes Emblemáticas. Durante os trabalhos, em Loja, deverão estar sempre sobre o Altar dos Juramentos, na forma determinada nos Rituais;

A par desta Definição de Princípios Fundamentais, e da declaração formal de aceitação dos Landmarks, codificados por Albert Gallatin Mackey, a Maçonaria proclama, também, os seguintes postulados:

I - Amar a Deus, à Pátria, à Família e à Humanidade;

II - Exigir de seus membros boa reputação moral, cívica, social e familiar, pugnando pelo aperfeiçoamento dos costumes;

III - Lutar pelo princípio da Eqüidade, dando a cada um o que for justo, de acordo com sua capacidade, obras e méritos;

IV - Combater o fanatismo e as paixões que acarretam o obscurantismo;

V - Praticar a Caridade e a Benemerência de modo sigiloso, sem humilhar o necessitado, incentivando o Solidarismo, o Mutualismo, o Cooperativismo, o Seguro Social e outros meios de Ação Social;

VI - Combater todos os vícios;

VII - Considerar o trabalho lícito e digno como dever primordial do Homem;

VIII - Defender os direitos e as garantias individuais;

IX - Exigir tolerância para com toda e qualquer forma de manifestação de consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam os de conquistar a Verdade, a Moral, a Paz e o Bem Estar Social;

X - Os ensinamentos maçônicos induzem seus adeptos a se dedicarem à felicidade de seus semelhantes, não somente porque a Razão e a Moral lhes impõem tal obrigação, mas porque esse sentimento de solidariedade os fez Filhos Comuns do Universo e amigos de todos os Seres Humanos.

Colaboração: Administração do Blog
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Extrato de Balaústre nº 67 de 18 de Setembro de 1835.

Aos 18 dias do mês de setembro do ano de 1835 da E.:V.: e 5835 da V.: L.: reunidos em sua sede, sito a Rua da Igreja, Nº 67, em um lugar Claríssimo, Forte e Terrível aos tiranos, situado debaixo da abóbada Celeste do Zenith aos 30º e 5´ de Latitude da América Brasileira, ao Vale de Porto Alegre, Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, nas dependências do Gabinete de Leitura onde funciona a Loj.: Maç.: Philantropia e Liberdade, com o fim de especificadamente traçarem as metas finais para o início do movimento revolucionário com que seus integrantes pretendem resgatar os brios, os direitos e a dignidade do povo Riograndense.
A sessão foi aberta pelo V.: Mestre Ir.: Bento Gonçalves da Silva. Registre-se a bem da verdade, ainda as presenças dos IIr.: José Mariano de Mattos, Ex Vem.: José Gomes de Vasconcelos Jardim, Pedro Boticário, Vicente da Fontoura, Paulino da Fontoura, Antonio de Souza Neto e Domingos José de Almeida, o qual serviu como Secretário e lavrou a presente ata. Logo de início o Ven.: Mestre depois de tecer breves considerações sobre os motivos da presente reunião de caráter extraordinário, informou a seus pares que o movimento estava prestes a ser desencadeado. A data escolhida é o dia 20 do corrente, isto é, depois de amanhã. Nesta data, todos nós, em nome do Rio Grande do Sul, nos levantaremos em luta contra o imperialismo que reina no País.
Na ocasião, ficou acertada a tomada da Capital da Província pelas tropas dos IIr.: Vasconcellos Jardim e Onofre Pires, que deverão permanecer com seus homens nas imediações da Ponte da Azenha, aguardando o contingente que deverá se deslocar desde a localidade de Pedras Brancas,quando avisados. Tanto Vasconcellos Jardim como Onofre, ao serem informados responderam que estavam a postos aguardando o momento para agirem. Também fez ouvir o nobre Vicente da Fontoura que sugeriu o máximo de cuidado, pois certamente, o Presidente Braga seria avisado do movimento.
O tronco de Beneficência fez a sua circulação e rendeu a moeda cunhada de 421$000 contados pelo Ir.: Tes.: Pedro Boticário.
Por proposição do Ir.: José Mariano de Mattos, o tronco de Beneficência foi destinado à compra de uma Carta de Alforria, de um escravo de meia idade, no valor de 350$000, proposta aceita por unanimidade.
Foi realizada uma poderosa Cadeia de União, que pela justiça e grandeza da causa, pois em nome do povo Riograndense lutariam pela Liberdade, Igualdade e Humanidade, pediam a força e a proteção do G.:A.:D.:U.: para todos os Ir.: e seus companheiros que iriam participar das contendas.
Já eram altas horas da madrugada quando os trabalhos foram encerrados, afirmando o Ven.:Mestre que todos deveriam confiar nas LL.:do G.:A.:D.:U.: e como ninguém mais quisesse fazer uso da palavra, foram encerrados os trabalhos, do que, eu Domingos José de Almeida, Secretário, tracei o presente Balaústre, a fim de que, a história através dos tempos, possa registrar que um grupo de Maçons Homens Livres e de Bons Costumes, empenhou-se com o risco da própria vida, em restabelecer o reconhecimento dos direitos desta abençoada terra, berço de grandes homens, localizada no extremo sul de nossa querida Pátria.
Oriente de Porto Alegre, aos dezoito dias do mês de setembro de 1835 (E.:V.:)
18º dia do sexto mês Tirsi da V.:L.: ano de 5835.
Assinado: Ir.: Domingos José de Almeida - Secretário

Colaboração: M.:I.:Cesar Augusto Pinto Ribeiro
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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Envelhecer

Entra pela velhice com cuidado,
Pé ante pé, sem provocar rumores
Que despertem lembranças do passado,
Sonhos de glória, ilusões de amores.

Do que tiveres no pomar plantado,
Apanha os frutos e recolhe as flores
Mas lavra ainda e planta o teu eirado
Que outros virão colher quando te fores.

Não te seja a velhice enfermidade!
Alimenta no espírito a saúde!
Luta contra as tibiezas da vontade!

Que a neve caia! o teu ardor não mude!
Mantém-te jovem, pouco importa a idade!
Tem cada idade a sua juventude.

Colaboração: M.:I.: Cesar Augusto Pinto Ribeiro
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Uma Lenda Maçônica...

Existe uma Antiga História, uma Lenda Maçônica, um exemplo de união que devemos observar e nos exemplificar, já que somos Maçons, ou... será que não somos Maçons?
O G.:A.:D.:U.: estava sentado, meditando sob a sombra de um pé de jabuticaba, lentamente o Senhor do Universo erguia a sua mão e colhia uma e outra fruta, saboreando o fruto de sua criação.
Ao sentir o gosto adocicado de cada uma daquelas frutas fechava os olhos e permitia um sorriso caridoso, feliz, ao mesmo tempo em que de olhos abertos mantinha um olhar complacente.
Foi então que, das nuvens, surge um dos seus Arcanjos vindo em sua direção: Diz a lenda que a voz de um Anjo é como o canto de mil baleias. É como o pranto de todas as crianças do mundo. É como o sussurro da brisa. O Arcanjo tinha asas brancas como a neve, imaculadas.
Levemente desce ao lado do G.:A.:D.:U.: e ajoelhando a seus pés disse... - Senhor, visitei a vossa criação como me pediste. Fui a todos os cantos, estive no Sul, no Norte, no Oriente e no Ocidente. Vi e fiz parte de todas as coisas.
Observei cada uma das suas crianças humanas. Notei que em seus corações havia uma Iniciação, eram iniciados Maçons e que, deste a cada um destes, apenas uma asa. Senhor... Não podem voar apenas com uma asa !!!
O G.:A.:D.:U.: na brandura de sua benevolência, respondeu pacientemente a seu Anjo: - Sim, Eu sei disso. Sei que fiz os Maçons com apenas uma asa. Intrigado com a resposta, o Anjo queria entender, e voltou a perguntar: -Senhor, mas porque deu aos Maçons apenas uma asa quando são necessário duas asas para se poder voar... Para poder ser livres.
Então respondeu o G.:A.:D.:U.:
Eles podem voar sim, meu Anjo. Dei aos Maçons apenas uma asa para que êles pudessem voar mais e melhor. Para poderem se evoluir levemente... Para voar, meu Arauto, você precisa de suas duas asas: Embora livre você estará sempre sozinho, ou ser somente acompanhado.
Como os pássaros que ao mesmo tempo em que estão juntos se debandam.
Mas, os Maçons, com sua única asa, necessitarão sempre de dar as mãos e entrelaçarem seus braços, assim terão suas duas asas. Na verdade, cada um deles tem um par de asas.
Em cada canto do mundo sempre encontrarão um ao outro Irmão com uma outra asa, e assim, sempre estará se completando, sempre sendo um par.
Dei aos Maçons a verdadeira LIBERDADE e a cada um dei-lhe também, em IGUALDADE, uma única asa, para que desta forma, possam sempre viver em FRATERNIDADE.

colaboração: Adm Blog
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Cadeia de União

Os irmão se unem, reina completo silêncio

No fundo ouve-se Mozart...

Na minha cabeça o céu é de estrelas...

Silêncio....

Ouve-se o grito, o anseio, a lágrima do homem

Agrilhoado aos prantos que o consomem,

Preso às dores que se lhe agrilhoaram;

É a imprecação de todos os lamentos,

Dentro do mundo de padecimentos,

Dos desejos que não se realizaram.

Fluidos teledinâmicos me servem

Transmitindo as idéias que me fervem

No cérebro candente, ígneo, em brasa...

Silêncio....

Asculto a humana dor, que hórrida sinto

São ais dos leprosos desprezados

Tendo os seus organismos devastados..

Entre as sombras vejo a inveja, a morte, o enigma profundo da vida...

Bombardeios. Canhões. Trevas. Muralhas.

E rasteja o dragão horrendo e informe

Espalhando a miséria e o luto enorme

Em miserabilíssimas batalhas.

Silêncio....eles querem a luz para o Universo....

Desolação. Terror e morticínio

O homem sôfrego e pedra bruta, de ânsia em ânsia

Sofre agora a sinistra ressonância

De sua inclinação para o extermínio.

Na minha cabeça o céu é de estrelas...

"Direis agora: "Tresloucado amigo!

Que conversas com elas? Que sentido

Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entende-las!

Pois só que ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelas".

Colaboração: M.:I.: Cesar Augusto Pinto Ribeiro
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