quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Cadeia de União

Os irmão se unem, reina completo silêncio

No fundo ouve-se Mozart...

Na minha cabeça o céu é de estrelas...

Silêncio....

Ouve-se o grito, o anseio, a lágrima do homem

Agrilhoado aos prantos que o consomem,

Preso às dores que se lhe agrilhoaram;

É a imprecação de todos os lamentos,

Dentro do mundo de padecimentos,

Dos desejos que não se realizaram.

Fluidos teledinâmicos me servem

Transmitindo as idéias que me fervem

No cérebro candente, ígneo, em brasa...

Silêncio....

Asculto a humana dor, que hórrida sinto

São ais dos leprosos desprezados

Tendo os seus organismos devastados..

Entre as sombras vejo a inveja, a morte, o enigma profundo da vida...

Bombardeios. Canhões. Trevas. Muralhas.

E rasteja o dragão horrendo e informe

Espalhando a miséria e o luto enorme

Em miserabilíssimas batalhas.

Silêncio....eles querem a luz para o Universo....

Desolação. Terror e morticínio

O homem sôfrego e pedra bruta, de ânsia em ânsia

Sofre agora a sinistra ressonância

De sua inclinação para o extermínio.

Na minha cabeça o céu é de estrelas...

"Direis agora: "Tresloucado amigo!

Que conversas com elas? Que sentido

Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entende-las!

Pois só que ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelas".

Colaboração: M.:I.: Cesar Augusto Pinto Ribeiro

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