Os irmão se unem, reina completo silêncio
No fundo ouve-se Mozart...
Na minha cabeça o céu é de estrelas...
Silêncio....
Ouve-se o grito, o anseio, a lágrima do homem
Agrilhoado aos prantos que o consomem,
Preso às dores que se lhe agrilhoaram;
É a imprecação de todos os lamentos,
Dentro do mundo de padecimentos,
Dos desejos que não se realizaram.
Fluidos teledinâmicos me servem
Transmitindo as idéias que me fervem
No cérebro candente, ígneo, em brasa...
Silêncio....
Asculto a humana dor, que hórrida sinto
São ais dos leprosos desprezados
Tendo os seus organismos devastados..
Entre as sombras vejo a inveja, a morte, o enigma profundo da vida...
Bombardeios. Canhões. Trevas. Muralhas.
E rasteja o dragão horrendo e informe
Espalhando a miséria e o luto enorme
Em miserabilíssimas batalhas.
Silêncio....eles querem a luz para o Universo....
Desolação. Terror e morticínio
O homem sôfrego e pedra bruta, de ânsia em ânsia
Sofre agora a sinistra ressonância
De sua inclinação para o extermínio.
Na minha cabeça o céu é de estrelas...
"Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entende-las!
Pois só que ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
Colaboração: M.:I.: Cesar Augusto Pinto Ribeiro
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Cadeia de União
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