quinta-feira, 3 de junho de 2010

AS ENERGIAS DA LOJA MAÇÔNICA

Esta miniatura do Universo – o ser humano – chama-se Microcosmo

Existem bilhões de galáxias, cada uma das quais formada por bilhões de astros seguindo, sistematicamente, um curso lógico e harmônico, determinado por uma “Força” existente, muito complexa à inteligência humana.
Inserida, nesse contexto gigantesco, está, dentre as galáxias, a Via-Láctea, com cem milhões de estrelas, onde se situa nosso Sistema Solar, com vários planetas e satélites, inclusive a Terra. Denomina-se tudo isso Macrocosmo.
Respeitando-se as proporções, há outros universos, infinitamente menores, que se associam àquele, estando sujeitos à mesma Fonte de Energia, Leis e Harmonia, sob a maestria de um Grande Regente: as criaturas. Estas são constituídas por unidades de vidas: as células, que são de dimensões microscópicas, com exceção de algumas, visíveis a olho nu, como é o caso da gema do ovo.
Elas têm funções especiais no organismo, mantendo-o em plena harmonia, devido à energia existente em cada uma delas, que é originária do Todo Universal. Isto as torna diferentes nas suas formas, concedendo-lhes funções típicas no corpo, como se fossem trabalhadores em operações diferentes.
As do cérebro – os neurônios – possuem responsabilidades mais complexas, cabendo-lhes registrar, interpretar e arquivar dados sensoriais e mentais, captados pela percepção tridimensional e extra-sensorial dos indivíduos.
Essa miniatura do Universo – o ser humano – chama-se Microcosmo.
Cada célula é composta por bilhões de minúsculas partículas, chamada de átomos; nome este dado pelos gregos, na Antiguidade, que quer dizer “sem divisão”.
Modernamente, sabemos que eles possuem outras partículas, que os compõem; dentre elas, prótons e nêutrons, integrantes do núcleo do átomo, e os elétrons, formando a sua coroa.
Estes últimos giram numa velocidade incrível, produzindo energia, tanto no indivíduos como nos astros.
Portanto, pode-se concluir que Tudo tem a mesma origem e, por este motivo, a mesma Energia Universal.
O Macrocosmos sempre mantém sua harmonia e, assim é necessário, que o Microcosmos – o humano – também a mantenha, para que haja um equilíbrio de si próprio com o TODO; pois, ninguém é uma peça solta nessa engrenagem.
TUDO está ligado entre si, o TODO está no TUDO.
A afirmação ‘EU SOU’, encontrada nas Escrituras, refere-se ao Grande Arquiteto do Universo, que é a Energia Universal, a Grande Mente.
Quando dissermos: ‘EU SOU QUEM EU SOU’ (com letras maiúsculas), estaremos confirmando a presença da Centelha Divina – do Grande Arquiteto do Universo – de sua Energia no nosso coração.
Aquele que está em tudo: no alto, nas galáxias e, embaixo no Microcosmo, ou seja, nas criaturas.
Em verdade, como essa Energia Amorosa existe em toda a humanidade, depreende-se que todos os indivíduos constituem a Grande Fraternidade Universal, isto é, somos todos irmãos, independentemente de raça, idade e sexo.
“Ouvir” o Eu Interior é necessário para sintonizarmos a CONSCIÊNCIA DO UNIVERSO.
Sentir o Criador significa comunhão com a Poderosa Presença EU SOU, o TODO existente no TUDO.
Aceitando-se que somos integrados à Energia Universal, nosso pequeno mundo tem muitos mistérios, às vezes, não desvendados.
Não nos conhecemos suficientemente.
Por isso, temos de desbravar nosso interior e nos descobrir naquilo que parece não existir à mente inferior: o EU superior, que é além dela, mas que existe em todos os indivíduos.
É a convicção inabalável do EU SOU QUEM SOU.
Muitos compreendem seu ambiente, integram-se nele e relacionam-se bem com outros indivíduos, mas não são capazes de entender seus universos interiores.
Por esse motivo, Sócrates, 300 anos da era vulgar, propunha aos discípulos esta máxima: “conheça-te a ti mesmo!”
Jesus também disse: “O reino de Deus está dentro de vós”, “Não sabeis que sois templos de Deus e que o Espírito de Deus mora em vós?”
Avicena, médico e filósofo árabe, escreveu esta frase sublime no ano 1000 da era vulgar: “Acreditas ser nada, e em ti está o Universo”.
Os egípcios sabiam da residência do Divino Poder em todo ser humano, mesmo na mais degradada das criaturas, que poderia ser beneficiada pela Luz Oculta, se assim o desejasse.
Em suas pirâmides, tumbas do Deus Íntimo que se acha dentro do Homem, condensavam a energia cósmica pra, através de rituais de renascimento, infundi-la nele, com o objetivo de despertar o Divino que no mesmo encontrava-se adormecido.
A Maçonaria possui finalidade idêntica: proporcionar ao neófito que avive o Potencial Divino que lateja em seu interior, concentrado e oculto pelos véus dos sentidos, pronto para ser pesquisado e desenvolvido, para que possa movimentar mais precisamente esse valioso e soberano engenho, que é sua própria existência.
É a ordem ritualística que ensina ao Homem a buscar por sua essência, procurando todo o conhecimento escondido em seu íntimo, a fim de que o utilize para o bem comum.
E esse aprendizado dá-se na Loja Maçônica.
Simbolizando o Macrocosmo, que é o Templo do Grande Arquiteto do Universo, e o Microcosmo, sua cópia fidelíssima , que é o Homem, reproduz em sua arquitetura a Lei da Correspondência de Hermes Trimegisto: “O que está em cima é tal como o que está embaixo, e o que está embaixo é igual ao que está em cima”.
Por essas características, proporciona ao neófito que contemple o seu interior para buscar e ver a Luz.
Como poderoso canal de fluência da Energia Divina, ativa-se pelos Rituais, visando distribuir essa irradiação espiritual através de um aprendizado construtivo, direcionado a estimular a atividade das forças de tal natureza que habitam no Homem, para que ele evolua.
São sete (sete) os centros de forças existentes no Homem, e denominados “chakras”, palavra de origem sânscrita que significa discos, rodas de fogo; base da coluna vertebral, baço ou esplênico, plexo solar ou umbigo, coração ou cardíaco, garganta ou laríngeo, espaço interciliar ou frontal, e coroa da cabeça ou coronário.
Os “chakras” são círculos de energia que giram incessantemente, estando próximos às regiões ganglionares e glandulares do corpo físico.
Localizam-se no corpo etérico ou da memória, que é uma forma de matéria sutil, envolvendo aquele.
A emanação de vida tem sete corpos, interessando-nos os quatro inferiores, que são: o físico, etérico, mental e emocional.
Podemos compará-los com uma flor(1º), que possui pétalas(2º), contornando a corola(3º), onde se formam as sementes(4º).
Assim acontece com a criatura humana: envolvendo o corpo físico, estão os outros três, que são faculdades superiores da Alma.
Pelos chakras penetra a Energia que o Grande Arquiteto do Universo derrama constantemente sobre todos, para fluir ao redor e ao longo da coluna.
Os chakras básico, esplênico e plexo solar servem basicamente para nutrir as necessidades do corpo material, enquanto a partir do cardíaco começa o trabalho pelo Amor Universal, o contato com o Cristo Pessoal e com o átamo permanente que acompanha cada Ser desde o início.
Os estímulo dos chakras é aplicado no momento em que o Venerável Mestre cria, recebe e constitui o candidato como Aprendiz Maçom ao esgrimir-lhe a sua espada, sendo o primeiro centro ativado àquele relacionado com o sinal do referido grau.
Cada lado do corpo humano expressa uma polaridade diferente, onde a Energia nele ingressa positiva pelo pé direito, e negativa pelo esquerdo, fluindo e se concentrando na potencialidade máxima dessa dupla força, para unir-se no chakra básico, quando passa a subir alinhada pelos demais.
No primeiro grau, Ela afeta o aspecto feminino da Força, denominado “ida”, situado do lado esquerdo do corpo humano, que força o neófito pode dominar suas paixões e emoções
No segundo grau, afeta o aspecto masculino, denominado de Pingala, situado do lado direito do corpo humano, para que seja estabelecido o domínio da mente.
Ida e Pingala atuam junto à parede curvada da coluna espiral, sendo respectivamente negativa e positiva.
No terceiro grau, desperta a Energia Central, denominada Sushumma, abrindo caminho para a influência superior do espírito.
Estes três aspectos da força estão representados no Caduceu de Mercúrio, com as duas serpentes que simbolizam o Kundalini, ou serpente ígnea, movendo-se ao longo do canal medular,enquanto as asas representam o poder, conferido pelo fogo, de elevação aos planos superiores.
Assim está em Loja é fazer com que o intelecto adentre no Santuário da Verdade, para que o Homem redescubra o EU SOU INTERNO.
O Grande Arquiteto do Universo é a própria raiz do mundo, que não foi criado do nada, mas Dele próprio.
Dele desprendem-se partículas a todos os seres e a todas as coisas da natureza, e a que se incorpora ao Homem é, como as demais, dotadas de certa vibração energética.
Sendo o Homem feito à imagem e semelhança de Deus (Gênesis, 1:26), cumpre-lhe aumentar a vibração energética que Dele recebeu, entre os pontos de partida e de regresso da mesma à Divina Fonte, porquanto, assim, fazendo-a retomar com maior voltagem que a que lhe foi dada, contribui para que o Grande Arquiteto do Universo seja Cada vez mais Deus, irradiando e expandindo cada vez mais a sua Luz para a evolução da Humanidade, comprovando que “o que está em cima é tal como o que está embaixo, e o que está embaixo é igual ao que está em cima”.
Muitos são os chamados, e poucos os escolhidos a participar dessa Construção: sejamos dedicados e humildes operários da mesma.
Irmão Constantino Peres Quireza Filho

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