quinta-feira, 3 de junho de 2010

NOTÍCIAS SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UM TEMPLO

As colunas não são obra da engenharia humana, e sim da crença do homem na majestade de um Ser Superior.



As famosas colunas do Templo de Salomão estão retratadas em várias passagens do Velho Testamento, mas a mais significativa referência as mostra apenas simbolicamente. Em Oséias 13:9; 14:1, consta que quando o povo de Israel abandonou a Deus e sua justiça, a nação desmoronou. As colunas eram a força e o poder da crença. Jaquim e Boaz significavam o valor e a adoração que nunca podiam ser derrotados, pois a manifestação divina sempre estaria presente para conferir significado e estabilidade (cf.Champlin, RN. O Antigo Testamento interpretado, versículo por versículo. SP, Edit. Candeia). As colunas não são obra da engenharia humana, e sim da crença do homem na majestade de um Ser Superior. O engenho humano é capaz de projetos quase indestrutíveis. Pode-se abalar estruturas de aço e concreto, porém o projetista saberá redesenhar as traves e estacas e o calculista lhes garantirá amarração suficiente para resistir ao mais forte dos ataques. E as colunas da crença, essas também se reerguerão?

Tantas referências bíblicas sobre o Templo de Salomão fizeram dele uma obra da arte de ensinar e convencer, sabiamente usada pela Maçonaria no aperfeiçoamento do caráter dos seus iniciados. Questiona-se se existem razões históricas para esse extremo valor emblemático da obra de engenharia do tempo de Cristo. Sabe-se que o Templo de Salomão foi o primeiro templo em Jerusalém, tendo funcionado como um local de culto religioso judaico central para a adoração e os sacrifícios. Antes de sua morte Davi (um dos mais conhecidos reis do antigo reino de Israel, e o homem mais vezes mencionado na Bíblia), providenciou os materiais em grande abundância para a construção do templo, o que veio acontecer no século XI a.C. Substituiu o Tabernáculo de Moisés. A sua construção ficou concluida sete anos após o início do reinado de Salomão. Foi pilhado várias vezes e totalmente destruído por Nabucodonosor II da Babilônia em 586 a.C., após dois anos de cerco de Jerusalém. Os seus tesouros foram levados para a Babilônia, dando início a um novo período na história judaica.

Décadas mais tarde, em 516 a.C., com o regresso de mais de 40 mil judeus da Babilônia, deu-se início à construção, no mesmo local, do segundo Templo, por sua vez destruído pelos romanos no primeiro século da Era Cristã.

O Templo de Moisés e o Templo de Salomão, nas suas duas versões, são somente história do que teria se passado com a humanidade. Nenhum registro seguro, nenhuma prova efetiva da existência desses monumentos pode-se dizer existente. Há pouco, correu mundo a notícia de que a única relíquia conhecida do Templo de Salomão na verdade é falsa. A peça (um pomo de marfim) tinha uma inscrição em hebraico arcaico: “Dom sagrado dos sacerdotes da casa de Deus”, o que fazia pensar que era um dos objetos de culto do primeiro templo, destruído no ano 586 a.C. segundo a Bíblia.

Em 1988, o Museu de Israel adquiriu a peça, de suposto valor inestimado, pela quantia de US$ 600 mil.

Em junho, a polícia israelense prendeu um comerciante de antiguidades acusado de forjar um relicário com inscrições que faziam referência a Jesus. Ele também teria produzido uma tábua de pedra, que dizia ser do século IX. A farsa foi descoberta pelo Departamento de Antiguidades de Israel.

Ficaram na história, porém, as duas colunas de bronze, que ladeariam a entrada do templo, sobre as quais se assentavam capitéis. E as demais particularidades do templo os reconhecem nas inúmeras lojas ou oficinas reproduzidas na atualidade em toda a face da terra, tendo por base as descrições de Flávio Josefo, importante historiador judeu do século I d.C. e medida constantes do tratado Middoth (de medidas) da Mishnáh, escrito por volta do século II. Nesses prédios modernos erguem-se templos à virtude e cavam-se masmorras ao vício – como nos velhos templos bíblicos, tudo depende da crença de cada um de nós.

Irmão Luiz Antonio Soares Hentz

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