sábado, 1 de agosto de 2009

LIMITE DA TOLERÂNCIA

Ser sempre tolerante !

Até onde podemos ser tolerantes ?

Podemos ser tolerantes com companheiros inconseqüentes ou irresponsáveis?

Será que a tolerância é amor ou acomodação ?

Será paciência ou indiferença ?

Até onde devemos ser tolerantes com o comprometimento da imagem daquilo em que prometemos resguardar ?

É fácil ser tolerante quando se é corrupto, ou se é desleixado, incompetente. O incapaz tem que ser tolerante por falta de moral para exigir.

O mau professor que não ensina, tem que ser tolerante nas notas.

O mau chefe que não sabe e não quer assumir responsabilidades tem que ser tolerante com seus subordinados.

O pai que não dá o exemplo moral, tem que ser tolerante com seus filhos.

É tão fácil tolerar nos outros os reflexos de nossos próprios erros.

Tolerância é sempre aceitação ?

Aceitação dos outros com seus próprios mundos de experiências e limitações requer um grande amor e respeito ao próximo.

Tolerância só requer alheação, indiferença com o que acontece ou está por vir.

Tolerar um incapaz é muito diferente de aceitá-lo e lutar por ele.

Aceitar um incapaz é descobrir uma atividade que ele possa desempenhar adequadamente e ajudá-lo a realizá-la.

Tolerar um incapaz é agüentar todos os fracassos tentando desempenhar tarefas que você sabe que ele não pode realizar.

Tolerar só requer indiferença !

Aceitar, requer trabalho, adequação e responsabilidade !

Tolerar uma situação é muito mais cômodo que assumir uma posição nela.

Tolerar um problema é mais desumano que participar dele.

Tolerar uma pessoa é muito mais rejeição do que uma aceitação de participação empática daquela realidade.

Assumir papéis em conjunto é diferente de tolerar atores fracassados.

A tolerância deixa só o tolerado !

A tolerância é superioridade sobre os menores.

Só os maiores podem tolerar os menores.

Na igualdade há menos tolerância e mais participação.

Podemos tolerar um fraco mas lutamos com os iguais que nos ameaçam.

O fato da tolerância diminuir quando aumenta nosso próprio prejuízo real mostra que somos naturalmente tolerantes com tudo que não nos atinge.

Com as coisas realmente sérias que nos afetam somos menos tolerantes !

Aí está o limite de tolerância: a seriedade ou importância do tolerável.

O limite da negligência e a limitação.

O limite entre o que devemos tolerar como aceitação e a omissão da indiferença, o tênue e sutil limite entre o tolerável e o intolerável.

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